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Palavras para que...

por R.Cheiros, em 13.10.10

 

Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

 

De mãe para mãe...

 

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.

 

Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.

 

Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc... 

 

Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho. A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.

 

Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

 

Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.  No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...   

 

Ah! Já me esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso. No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".

 

Para terminar, ainda como mãe, peço por favor: Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...

 

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!

 

publicado às 13:28

 

Há alguns anos atrás, nós, portugueses conquistamos a tão gloriosa e esperada liberdade de um regime totalitário que até então massacravam com torturas, repressão e censuras. Conquistamos a tão almejada democracia, que nos dá o livre arbítrio, a liberdade de expressão e acção. Como isto é lindo, não é?
Hoje somos pessoas “livres”, podemos fazer o quisermos....


O governo? “Ah! Esse não tem autoridade sobre mim!” “Ha ha ha, eles não prestam para nada!” “São uns bandidos e nosso primeiro-ministro um sacana filho da mãe!” "O presidente da república? À esse é um verbo de encher.."Política? Não ligo nada a política! Política não serve para nada! Eu nem voto! Ou se voto é em branco!”
Livros? Escola? “Eu adoro ler e estudar”, ou então “estudar para quê?” matamo-nos a estudar para depois não ter emprego... Quantas dessas frases nós ouvimos todos os dias? Aliás, isso é digno de um país de semianalfabeto! Pena é que ninguém tem consciência disso.


As pessoas só se importam com seu status (chique essa palavra americanizada, não é?), dinheiro e posição social, só pensam em ter, nunca em ser!Vivemos numa sociedade globalizada propagada pela aura da modernidade capitalista. Está-se na sociedade do espectáculo, onde as pessoas se julgam muito espertas porque vêem televisão de plasma, tem cartão multibanco para utilizar 24 horas por dia e já todos usamos telemóvel. Vivemos para ganhar dinheiro tornarmo-nos “ricos”, ou quem sabe, apostar na sorte e ganhar o euro milhões


Pessoas fingidas? Sem nenhum escrúpulo? Pessoas que lhes preocupa mais a vida dos outros do que a sua... ? Falsos moralistas e preconceituosos..? hipócritas..? Pisam por cima de qualquer um para obterem o que querem? Isto é sempre a mesma ladainha, não é?
A sociedade está cada vez mais individualista, capitalista e sem cérebro! Alimentada a todo instante por os meios meios de comunicação. Concursos altamente duvidosos que nos prometem   grandiosa ascensão social, 10 minutos de falso poder  pela “riqueza”
O governo fala, fala... E nós vamos nos deixando levar... Manipular, enganar! Alimentamos ilusões!


Hoje pensa-se em querer ter, mais e mais...ascensão social? Faz-me rir! A maior utopia que pode existir! Não vejo tantos pobres por ai virando ricos dá noite pró dia, aliás, nunca nem vi, nem ouvi, mas remediados a virar “pobres” é o pão nosso de cada dia.
Viver num mundo de ilusões ou de verdades inventadas?

 

Parece que não mudou muita coisa, mudou-se apenas o nome. A imprensa continua a fazer o seu papel, o estado continua a exercendo seu papel de sempre, manipulando, enganando e fomentando ilusões. E nós os tolos acreditando e venerando.
Todos acham que são livres, porém é certo que o passado está muito mais presente do que queremos ver, afinal a ignorância cega! Achamos que somos livres, mas somos controlados e limitados, seguimos regras impostas, disfarçadas de “liberdade” e “democracia”.


E hoje  dia 10 de Outubro... Vergonhosamente a Direcção Nacional do PS impôs a todas e todos os deputados disciplina de voto.
Se todos os deputados abandonarem a sala no momento das votações é um gesto de coragem contra esta hipocrisia politica que o PS quer impor.
O PS impede a liberdade de voto.
O PS impede a cidadania plena.
Falta liberdade e igualdade na lei!


Eu tenho a minha sexualidade bem resolvida as dos outros não me incomodam nem o casamento me afronta.
O que é que pode incomodar a qualquer ser humano seja ele quem for as orientações sexuais do outro?
O mundo passara a ser muito melhor e mais pacifico quando deixarmos de nos preocupar com as escolhas dos outros e deixarmos de tomar as nossa como certas ou verdades absolutas.
Todas as pessoas têm direitos iguais ou deveriam ter independente da raça, religião, cor, sexo ou orientação sexual.
Dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe deveres e direitos iguais para todos independentemente da sua cor, credo, religião raça ou orientação sexual. Cidadania, direitos e deveres iguais deviam ser garantidos.

É uma questão de justiça!

 

 

publicado às 09:43

 

 

Mas só quando lhe apetecia!!!!

Uma das coisas em que acredito é na igualdade e justiça.
Não por questões políticas. Por que me fique bem. Ou ainda porque educação religiosa, que sinceramente a mim não me diz nada.

Mas por respeito e por uma questão de valores e príncipios que acredito e tento seguir ao longo da minha vida. Respeito ao próximo porque somos todos iguais. A cor, raça, crença, orientação sexual. Não faz de ninguém melhor ou pior do que eu.
Os valores de igualdade, fraternidade e justiça aprendi-os de tenra idade, e, não importa a condição social em que estejamos inseridos, o respeito e a justiça são valores fundamentais que se aprendem no berço.
Eu sei que nem sempre é assim...
Nem tudo é preto e branco e que existem outras nuances.

Sei que posso ser idealista, utópica e até ingénua. Mas acredito que um mundo mais justo não é feito por acaso. Depende de cada um de nós e do nosso modo de estar na vida.
Se pensarmos bem, sozinhos não vamos mudar o mundo, mas se pelo menos cada um fizer um bocadinho pode alterar e muito.
E ainda existem tantas pessoas que vão "bater com a mão no peito" e no dia-a-dia é  só "venha a nós o vosso reino."

É estranho não é?
Eu fico literalmente F***

E ainda me revolto quando isso me  acontece.
E também me espanta que os outros se espantem com as minhas convicções, e que me julguem uma ET  quando o normal seria todos nós termos consciência disto.
Existem coisas tão óbvias que acho difícil que alguns não o consigam ver..

Para mim é obvio um filho chegar ao 12º ano e ter que ficar a repetir matemática, (ninguém a mandou ser calinas). E não pode ser diferente só porque a professora dele por acaso é  minha prima.
Para mim é óbvio que o meu filho tenha ido a inspecção e ter pedido adiamento até concluir o curso como todos os outros. Não pode ser diferente de ninguém só porque o pai tinha a possibilidade de o livrar da tropa.
Para mim é óbvio chegar ao restaurante e esperar se as mesas tiverem todas reservadas. Não é diferente só porque o meu irmão é dono do restaurante.
Para mim é óbvio esperar pela minha vez (uma hora ou o que for no hospital). E poder ser  diferente só porque o meu filho está de serviço nas urgências essa noite.
E parece que sou uma extra terrestre porque não utilizo favorzinho, cunhas, ou lá como lhe quiserem chamar..
E vem isto a propósito de que...

Ao ar pasmado de uma pessoa próxima que pensava que eu iria compactuar com uma "cunhazinha" só porque é da minha família. Ou seja é o mesmo que dizer que eu deveria dar uma "abebia"...
O que equivale a passar por cima dos outros.
Eu lamento muito mas nunca fui assim e não vou começar agora.
E quase que me apetece pedir  desculpa. Mas não compreendo quando assim não é.
Pensei que era óbvio que se não o faço na minha própria casa não o faria a ninguém.
Fiquei surpreendida quando me apercebi que afinal para os outros não era assim tão óbvio ...

(encontramo-nos nestas férias e nem me falou...)
O que dá a esta gente direito de não respeitar o próximo? Porque é isso mesmo que nos torna diferentes, é o nosso respeito pelos outros.

A minha avó, uma velhota do mais castiço que havia, tinha uma frase fantástica que sempre me fazia rir.
"Favorzinho minha filha, fazia eu ao teu avô, e não era sempre, era só quando me apetecia"

 

 

publicado às 16:13


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