Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Ando um bocadinho descorçoada com o blogue. Um bocadinho assim para o muito..
É do tempo..? Pois não sei, mas duvido. Está óptimo com um sol radioso. Reconheço que sou um bocadinho inconstante, mas só um pouquito, talvez as coisas não estejam a correr como deveriam.
Uma mulher "escalfasse" a trabalhar, armada em “escrava Isaura” quase como a mulher do padeiro de noite e de dia quando deveria receber os loiros vai-se a ver e tungas... Sai tudo ao contrário do que se espera.
Eu bem tento transmitir por aqui ânimo e confiança, e por enquanto ainda não considero que a minha missão seja uma missão impossível, embora esteja já a resvalar para uma missão de alto risco à medida que eu vejo o objectivo cada vez mais longínquo! Ele são empresas a fechar, desemprego, calotes que até arrepiam, etc.
É que eu sou mulher de cabelo preto (pintado é certo, porque isto os branco já não perdoam.. mas não sou burra! Sou razoavelmente "esperta" e até percebi logo que a crise que por ai tanto se fala é uma treta e é só para alguns...
O que está a dar é ser político, lembrem-se disso… a politica é um emprego de futuro.
A modos que sinceramente não tenho ideia nenhuma do que escrever aqui.
A verdade seja dita, nunca tive lá grande imaginação. Não, minto! Já tive…
Ouve uma altura da minha vida que tive a ideia brilhante de me juntar aos “meninos de deus”. Paz e amor era o lema. Mas confesso que o que mais me atraia era o espírito livre a musica e dizer que era contra.. Contra as convenções o capitalismo, contra as regras … A coisa até não corria mal, até a minha mãe se "encher".... E ser contra a “roupa pouco limpa” e contra umas faltas à escola. O caldo entornou de vez quando cheguei a casa com a ideia peregrina de passar uma semana numa comunidade assim a modos que virada para o (hippie) .
Nunca me lembro de ver o meu pai tão zangado… Sei que me disse na altura se o meu objectivo de vida era viver no meio do mato, que tinha lá na (terra) muito mato para roçar, era só por mãos há obra. Lá se foi o meu lado aventureiro de rebelde sem causa..
Os mais novos não devem saber de todo que raio são estes “meninos de deus” mas os mais cotas da minha geração de certo já ouviram falar. Então era tipo de uma seita que até acreditava em deus mas em moldes diferentes. Facilmente eram encontrados nas ruas de viola e cantorias. O lema era paz amor e natureza, viver uma vida nómada e comunitária.
Velhos tempos…já não volto a ter 15 anos …
Fiquei triste e magoada, juro que fiquei.
Mas como tristezas não pagam dividas.. Para irritar principalmente o meu pai, quis ser freira. É verdade! Daquelas há séria … hábito, convento e tudo.
Depois pensei melhor… O voto de silêncio era o que me estava a custar mais engolir. E aqui entre nós, na altura também conheci o meu “mais que tudo” e não quis deixar passar o meu estatuto de mulher e também sempre tinha um belo dum corpito a defender! Porque isto do corpo não se compadece só de rezas hóstias e a paz no mundo.
Mas mesmo assim, continuava a acreditar que podia salvar o mundo.. Ideias não me faltavam reconheço.
Pensei então que teria que virar as minhas baterias para outro lado… colei cartazes, distribui folhetos e muitos etcs…
Até um dia…!
Nunca gostei de “pastores”, vá se lá saber porque… nunca fui “Maria vai com as outra” e acho que o que o ser humano tem de melhor é a diferença. Liberdade passa também por fazer o que acreditamos.
Sempre gostei de conversas bonitas. Mas muito raramente "emprenho" por os ouvidos. Estava quase quase rendida, confesso. Sempre acreditei nos principios ( e isso agradeço ao meu pai) liberdade, igualdade, fraternidade. Depois a bem da verdade, também não se comiam criancinhas ao pequeno-almoço.
Falava-se tanto de igualdade, descriminação, direitos das mulheres, direitos humanos, e além disso quando se acredita que que podemos ser todos "iguais" e felizes só podem ser bom, é ou não é?
Mas se calhar falta mencionar qualquer coisita.. Assim tipo depois do blá blá blá que tal passar à prática.
Chega de oportunismo e de dizer o que se quer ouvir.
Muita simpatia, muita generosidade, muita obrigação e muitas regra a seguir. Direito de escolha..? tem juízo tudo pelo bem do (…)
Mas que coisa… eu não sou livre?
Hum… chegou-me a mostarda ao nariz. Gosto de perguntar tirar duvidas… Mas havia sempre uma ou outra voz que se lembrava de dizer que o que eu tinha era arrogância e o nariz empinado. Bem contar factos não há argumentos.. Por acaso até tenho, mas posso garantir que é apenas uma questão genética ( de família) não é mau feitio.
Ponto final. Para esse peditório já dei ..!
Dizia-me o meu "mais que tudo " já farto destas minhas andanças tão contra a "cor" dele.
- Deixa-te disso... se tens ideias, coloca-as em pratica cá em casa sempre é mais seguro;)
E não é que tinha razão. É que tenho cada ideia…Assim como assim só se estraga uma casa.
Mas não é que ainda continuo a acreditar que a politica é um emprego de futuro..?
Vá se lá saber porque...!
E vai um cafezinho…??
Tenho certeza que essa velha máxima de que (o dinheiro não traz felicidade) foi inventada por alguém cheio de dinheiro. E muito dinheiro. Em proporções indecentes....
Pois alguém me consegue explicar onde é que esta frase se encaixa? Como é que não traz felicidade? Se o dinheiro não servir para melhorar a qualidade de vida e nos fazer feliz, então serve para que?
Se a felicidade está directamente ligada à “cidadania”e logo associada a um conjunto de direitos, e deveres e qual é o indivíduo que pode exercer uma cidadania plena sem dinheiro?
A felicidade está da mesma forma ligada ao poder de consumo, não é verdade? Quem é que pode comer, vestir-se, desfrutar de uma habitação condigna, ter saúde, proporcionar aos filhos o básico, desfrutar do merecido lazer depois de um ano de trabalho sem dinheiro?? É complicado, não?
Vemos todos os dias, tanto ao nosso redor tanto pelos jornais e televisão, provas irrefutáveis de que a infelicidade, mundo fora, é resultado da fome; das doenças; dos conflitos; da falta de dinheiro para pagar pela vida em todos os seus quesitos, como dignidade, respeito, inclusão, estabilidade social.
Os ricos ou ditos países de 1º mundo cada vez mais a desestimular o crescimento da “concorrência” dos pequenos, dos pobres. Porque isso iria resultar na a divisão de poder e é o que eles temem,.Uma parte do que se superfluamente se gasta pelos ditos “ricos” daria para matar a fome do mundo, mas convêm mantemos controlados e dependentes. Assim, o dinheiro e o poder, está nas mãos, nos bolsos ou nas panças de poucos.
Eu sei que por vezes sou assim... Não sei porque é que hoje acordei para aqui virada!
Mas também não deve ser por isto que vem dai mal ao mundo...Pois como dizem por aí “um mal nunca vem só” hoje lembrei-me de dinheiro e por sua vez de felicidade (que mistura explosiva..)
E como também dizem que quem nasceu torto, tarde ou nunca se endireita assim como dizem também que burro velho não aprende línguas... É como eu... Custa-me a entender certas coisas e ainda acredito em outras..
Acredito que se pode mudar, que a riqueza pode ser mais bem distribuída... Acredito na igualdade.
Olhem, Sou muito crédula! Mas atenções não confundam credulidade com burrice... Porque aqueles que pensam que tem os olhos mais rasgados são os primeiros a cair.... E para os espertos eu costumo dizer: Não subam muito alto... Porque quanto mais alto se está maior é o tombo.
Mas aqui entre nós, quem diz que "dinheiro não traz felicidade" nunca passou fome e viu a tristeza que a sua falta traz....
É claro que o dinheiro não compra a família, amizade, amor, reconhecimento e a felicidade. Mas ajuda e de que maneira... Ou alguém tem alguma dúvida que a falta de dinheiro pode destruir qualquer família, qualquer casamento e não há felicidade que resista... Também existe esta velha máxima e aqui encaixa como uma luva...: "quando um homem não tem dinheiro até os cães lhe mijam em cima"...
Claro que o património humano (valores, princípios etc) são o mais importante mas até esses por falta de dinheiro vão há vida....Alguém tem duvidas? Ou alguém é capaz de afirmar que se tivesse um filho a precisar de um tratamento ou a passar fome e não tivesse dinheiro nem sitio onde o ir buscar não se esquecia por momentos dos valores e princípios???
Dinheiro não traz felicidade? ou é hipocrisia?dinheiro traz felicidade sim! Mas não sozinho.....
O dinheiro baralha e atrofia quem fala dele.. Senão vejamos: Se um tipo procura ganhar mais dinheiro: é ganancioso. Se o guarda e não o esbanja é um avarento. Mas se o gasta : é um estroina desgovernado. Se não o arranja: é um inútil Se o arranjar sem trabalhar: é um parasita. Se o tem depois de uma vida inteira de trabalho: é um idiota que não soube gozar a vida...
E com esta conversa toda lá descobri quem inventou a tal frase: o dinheiro não trás felicidade.
Pasmem se não foi o nosso governo...há pois é..
Não acreditam? Então reparem... Todos sem excepção quando se candidatam a um cargo público é pelo bem do país e do povo dizem eles, claro). Então há que deixar o povo feliz ou seja pobre (porque o dinheiro não trás felicidade) e eles coitados fazem o sacrifício de ficar com a parte penosa... A da infelicidade de ter dinheiro.
Agora que descobri posso dizer missão cumprida!
Qual missão cumprida qual nada! Eu tenho é que tentar sobreviver nesta selva que é a vida. Ai que eu nem sei como hoje cheguei aqui... Que se soubessem em que estado é que o "estado" me está a deixar... Estou que de tão enervada quase que nem vejo nada!
Mas afinal o dinheiro não traz felicidade?? dinheiro realmente não traz felicidades, mais em muitos casos proporciona o caminho da dita.
Com um pouco de exagero: Mas se tiver que chorar ...Prefiro chorar dentro de um Mercedes tomo de gama que de um Smart ( que por acaso é o meu carro)
PS:Amiga o outro tema vai ter que esperar... Mas não está esquecido.
Há alguns anos atrás, nós, portugueses conquistamos a tão gloriosa e esperada liberdade de um regime totalitário que até então massacravam com torturas, repressão e censuras. Conquistamos a tão almejada democracia, que nos dá o livre arbítrio, a liberdade de expressão e acção. Como isto é lindo, não é?
Hoje somos pessoas “livres”, podemos fazer o quisermos....
O governo? “Ah! Esse não tem autoridade sobre mim!” “Ha ha ha, eles não prestam para nada!” “São uns bandidos e nosso primeiro-ministro um sacana filho da mãe!” "O presidente da república? À esse é um verbo de encher.."Política? Não ligo nada a política! Política não serve para nada! Eu nem voto! Ou se voto é em branco!”
Livros? Escola? “Eu adoro ler e estudar”, ou então “estudar para quê?” matamo-nos a estudar para depois não ter emprego... Quantas dessas frases nós ouvimos todos os dias? Aliás, isso é digno de um país de semianalfabeto! Pena é que ninguém tem consciência disso.
As pessoas só se importam com seu status (chique essa palavra americanizada, não é?), dinheiro e posição social, só pensam em ter, nunca em ser!Vivemos numa sociedade globalizada propagada pela aura da modernidade capitalista. Está-se na sociedade do espectáculo, onde as pessoas se julgam muito espertas porque vêem televisão de plasma, tem cartão multibanco para utilizar 24 horas por dia e já todos usamos telemóvel. Vivemos para ganhar dinheiro tornarmo-nos “ricos”, ou quem sabe, apostar na sorte e ganhar o euro milhões
Pessoas fingidas? Sem nenhum escrúpulo? Pessoas que lhes preocupa mais a vida dos outros do que a sua... ? Falsos moralistas e preconceituosos..? hipócritas..? Pisam por cima de qualquer um para obterem o que querem? Isto é sempre a mesma ladainha, não é?
A sociedade está cada vez mais individualista, capitalista e sem cérebro! Alimentada a todo instante por os meios meios de comunicação. Concursos altamente duvidosos que nos prometem grandiosa ascensão social, 10 minutos de falso poder pela “riqueza”
O governo fala, fala... E nós vamos nos deixando levar... Manipular, enganar! Alimentamos ilusões!
Hoje pensa-se em querer ter, mais e mais...ascensão social? Faz-me rir! A maior utopia que pode existir! Não vejo tantos pobres por ai virando ricos dá noite pró dia, aliás, nunca nem vi, nem ouvi, mas remediados a virar “pobres” é o pão nosso de cada dia.
Viver num mundo de ilusões ou de verdades inventadas?
Parece que não mudou muita coisa, mudou-se apenas o nome. A imprensa continua a fazer o seu papel, o estado continua a exercendo seu papel de sempre, manipulando, enganando e fomentando ilusões. E nós os tolos acreditando e venerando.
Todos acham que são livres, porém é certo que o passado está muito mais presente do que queremos ver, afinal a ignorância cega! Achamos que somos livres, mas somos controlados e limitados, seguimos regras impostas, disfarçadas de “liberdade” e “democracia”.
E hoje dia 10 de Outubro... Vergonhosamente a Direcção Nacional do PS impôs a todas e todos os deputados disciplina de voto.
Se todos os deputados abandonarem a sala no momento das votações é um gesto de coragem contra esta hipocrisia politica que o PS quer impor.
O PS impede a liberdade de voto.
O PS impede a cidadania plena.
Falta liberdade e igualdade na lei!
Eu tenho a minha sexualidade bem resolvida as dos outros não me incomodam nem o casamento me afronta.
O que é que pode incomodar a qualquer ser humano seja ele quem for as orientações sexuais do outro?
O mundo passara a ser muito melhor e mais pacifico quando deixarmos de nos preocupar com as escolhas dos outros e deixarmos de tomar as nossa como certas ou verdades absolutas.
Todas as pessoas têm direitos iguais ou deveriam ter independente da raça, religião, cor, sexo ou orientação sexual.
Dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe deveres e direitos iguais para todos independentemente da sua cor, credo, religião raça ou orientação sexual. Cidadania, direitos e deveres iguais deviam ser garantidos.
É uma questão de justiça!
Uma das coisas em que acredito é na igualdade e justiça.
Não por questões políticas. Por que me fique bem. Ou ainda porque educação religiosa, que sinceramente a mim não me diz nada.
Mas por respeito e por uma questão de valores e príncipios que acredito e tento seguir ao longo da minha vida. Respeito ao próximo porque somos todos iguais. A cor, raça, crença, orientação sexual. Não faz de ninguém melhor ou pior do que eu.
Os valores de igualdade, fraternidade e justiça aprendi-os de tenra idade, e, não importa a condição social em que estejamos inseridos, o respeito e a justiça são valores fundamentais que se aprendem no berço.
Eu sei que nem sempre é assim...Nem tudo é preto e branco e que existem outras nuances.
Sei que posso ser idealista, utópica e até ingénua. Mas acredito que um mundo mais justo não é feito por acaso. Depende de cada um de nós e do nosso modo de estar na vida.
Se pensarmos bem, sozinhos não vamos mudar o mundo, mas se pelo menos cada um fizer um bocadinho pode alterar e muito.
E ainda existem tantas pessoas que vão "bater com a mão no peito" e no dia-a-dia é só "venha a nós o vosso reino."
É estranho não é?
Eu fico literalmente F***
E ainda me revolto quando isso me acontece.
E também me espanta que os outros se espantem com as minhas convicções, e que me julguem uma ET quando o normal seria todos nós termos consciência disto.
Existem coisas tão óbvias que acho difícil que alguns não o consigam ver..
Para mim é obvio um filho chegar ao 12º ano e ter que ficar a repetir matemática, (ninguém a mandou ser calinas). E não pode ser diferente só porque a professora dele por acaso é minha prima.
Para mim é óbvio que o meu filho tenha ido a inspecção e ter pedido adiamento até concluir o curso como todos os outros. Não pode ser diferente de ninguém só porque o pai tinha a possibilidade de o livrar da tropa.
Para mim é óbvio chegar ao restaurante e esperar se as mesas tiverem todas reservadas. Não é diferente só porque o meu irmão é dono do restaurante.
Para mim é óbvio esperar pela minha vez (uma hora ou o que for no hospital). E poder ser diferente só porque o meu filho está de serviço nas urgências essa noite.
E parece que sou uma extra terrestre porque não utilizo favorzinho, cunhas, ou lá como lhe quiserem chamar..
E vem isto a propósito de que...
Ao ar pasmado de uma pessoa próxima que pensava que eu iria compactuar com uma "cunhazinha" só porque é da minha família. Ou seja é o mesmo que dizer que eu deveria dar uma "abebia"...
O que equivale a passar por cima dos outros.
Eu lamento muito mas nunca fui assim e não vou começar agora.
E quase que me apetece pedir desculpa. Mas não compreendo quando assim não é.
Pensei que era óbvio que se não o faço na minha própria casa não o faria a ninguém.
Fiquei surpreendida quando me apercebi que afinal para os outros não era assim tão óbvio ...
(encontramo-nos nestas férias e nem me falou...)
O que dá a esta gente direito de não respeitar o próximo? Porque é isso mesmo que nos torna diferentes, é o nosso respeito pelos outros.
A minha avó, uma velhota do mais castiço que havia, tinha uma frase fantástica que sempre me fazia rir.
"Favorzinho minha filha, fazia eu ao teu avô, e não era sempre, era só quando me apetecia"
Segunda feira
São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje.
Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar.
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!
Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!
Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre vamos conquistar o nosso espaço! Que espaço?! Que caraças! Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem. Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky por favor? Ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa. (Podia muito bem ter sido escrito por mim mas infelizmente não foi:) Boa semana
Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!!
Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora?
Onde é que eles estão???
Nosso espaço???!!!
Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
Essa piada..., acabou por encher-nos de deveres.
E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!
Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê?
Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos?
A quem ocorreu tal ideia?
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manha desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro esta, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!!
Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira?? Basta!!! Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar para quê ter que demonstra-lo a eles??
Ai meu Deus, são 6.10H, e tenho que levantar-me da cama...
Que fria está esta solitária e enorme cama!
Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA !!!
E DIGO MAIS:
A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens esfalfarem-se a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
«Apenas mulher»
O presidente amanha vai condecorar umas quantas mulheres e tem que existir um dia especifico para as condecorar????
Amanha é o dia que todos se vão lembrar de que uma em cada sete mulheres é espancada em casa (falei nisso há pouco tempo) que blá blá blá blá bla .
Sobre a igualdade dos sexos blá blá blá
O dia da mulher é uma verdadeira humilhação.
Pois bem, peguem no dia 8 de Março e enfiem-no pelos entrefolhos a cima
(junto com as rosas tipicas ofertas dos centros comerciais e ruas de lisboa)
E agora vou pegar nos papeis...