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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Homens que agridem mulheres... Homens que atacam prostitutas, que perseguem travestis... O que leva um homem a cometer coisas tão deploráveis? Diversos factores podem estar envolvidos. Mas, dentre todos, há um factor mais profundo que todos, mais antigo...
É o medo da mulher.
Instintivamente todo homem teme a mulher. É claro que a maioria dos homens, se questionado, certamente negará, ou leva a coisa para o lado da piada jocosa ou se irritando com o que ele pensa ser um questionamento de sua masculinidade, oh, a sagrada masculinidade.
Calma, meu amigo macho.
Esse medo não tem necessariamente nada a ver com homossexualidade. Trata-se do velho temor do feminino, um sentimento arquetípico, que sempre fez parte de nossa psique, tão natural quanto o desejo sexual que sentimos pela mulher.
Esse medo existe, sim, e se não o reconhecemos, o danado nos acompanha vida afora, se reflectindo em nossa relação com as mulheres. Pior que isso: o medo do feminino faz surgir religiões e sociedades machistas, que reprimem violentamente as mulheres, negando-lhes direitos básicos, tornando-as propriedade dos homens e até mesmo queimando-as em fogueiras.
Mas... por que esse temor?
A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará. É o mistério sagrado da própria vida.
É através do corpo feminino que a vida se concretiza no plano físico.
A mulher é a Natureza humanamente representada em suas curvas, saliências e reentrâncias: ela é o rio sinuoso que hipnotiza o olhar, montes que graciosamente se elevam da superfície, cavernas escuras que guardam segredos...
É feita de ciclos a mulher, renovando-se a cada lua para em seguida oferecer-se novamente fértil e receptiva. Como não temer algo que tem o poder de gerar e nutrir a vida?
E, caramba, como não temer um bicho que sangra durante dias e não morre?
É bem antigo o medo da mulher. Milhões de anos atrás percebemos que viemos todos de dentro dela - e até hoje isso nos maravilha e assusta. Percebemos também que ela se comporta como a Natureza em suas estações, alternando ciclos, e isso nos fez entender que o masculino é Sol enquanto o feminino é Lua.
Se aquele é o mesmo todos os dias, esta não cansa nunca de se experimentar em sua natureza mutante. Se elas são naturalmente iniciadas pela vida, eles não, eles precisam inventar iniciações.
Ao menstruar, a mulher está a repetir, mesmo sem consciência disso, seu íntimo ritual sagrado de fertilidade. Isso tem o poder de conectá-la com a sabedoria instintiva de seu corpo e com os ciclos naturais do planeta.
O sangue é o fluxo da vida, que vem da caverna escura, lá onde se guarda o feminino misterioso e profundo. E são poucos, bem poucos, os homens que têm coragem de ir lá. Fisicamente eles vão, sim, mas apenas tocam o feminino, nunca dançam com seu mistério.
Homens fazem guerra porque a guerra vem do Sol. Mas poucos, bem poucos, são homens o suficiente para fazer amor com a Lua.
E no entanto... a Lua sempre esteve dentro deles!, desde o momento em que os princípios masculino e feminino se uniram para gerá-los.
São homens simplesmente porque neles é a porção masculina a dominante, e é isso que os faz mais agressividade e razão e menos suavidade e sentimento - mas se não houvesse também em sua alma a porção feminina, não seriam pessoas mas uma inconcebível aberração psicológica.
Ao negar o feminino em si, esses pobres homens negam também, sem perceber, sua própria totalidade, e assim buscarão inutilmente mil coisas pela vida, sem que nada os possa completar, e morrerão frustrados, sem sequer entender o que lhes faltou. E o que lhes faltou foi sua própria alma inteira.
Homens agridem mulheres porque elas são o próprio princípio feminino encarnado diante de seus olhos fascinados e temerosos. Sua presença os faz lembrar, inconscientemente, do que eles mais temem admitir.
Sim, temer o feminino é normal, é humano. Mas negá-lo não. O homem que nega o feminino, meu amigo macho, declara guerra a si próprio. Bem melhor, mas muuuito melhor, é fazer amor com o feminino.
Excelente texto de:Ricardo Kelmer
(Hoje não fales comigo!!!!)
Um amigo meu que não via há imenso tempo virou-se para mim e disse-me que eu estava com ar misterioso (que segredo escondes?). Ri-me e disse-lhe que era doido. A minha vida é um livro aberto.
Digo sempre o que penso, não fujo de uma boa conversa, nem sequer de uma boa discussão.
Começamos com um jogo de palavras. Uma espécie de flirtar (aquele jogo do conhecimento em que cada um vai dando um passo no sentido de descobrir o outro e vice-versa). É. Impossível que alguém que te rodeia não não notar que não estas feliz.
Não estou feliz....??
Dou comigo a pensar em mim...
Há quanto tempo não me analiso e não para para me “olhar “com olhos de ver.
Porém esta semana, alguém que nem sequer me conhece muito bem assim disse-me que há situações em que fujo. Em que me escondo. E a minha melhor amiga, que me conhece como ninguém, ainda acrescentou que jogo sempre à defesa. Que reajo mal perante os elogios.
Confesso que fiquei a pensar no tema. E é verdade.
No meu círculo de amigos e conhecidos, tenho um rosto uma identidade, sou a (...) companheira, alegre, equilibrada e que sei ouvir, amiga para todas as horas.
No meu trabalho com os "colegas" dizem que sou, ordeira e organizada. (A sério? Olha que não...) competente, as pessoas vêem-me como teimosa e determinada na verdade tenho uma personalidade um pouco dominante, em especial no local de trabalho.
Em casa sou...a que que vive no mundo da lua, dizem que tenho uma imaginação muito activa. Pouco realista, despistada, por vezes autoritária e arrogante (Por vezes).
Na rua sou "aquela"... Ninguém, apenas mais uma pessoa entre milhares mas continuo a não ser ninguém, posso passar uma imagem confiante, e agressiva, mas sou mais uma no meio da multidão .
E aqui (neste espaço)não sou nada, nem ninguém...
Assim é tão fácil falar de sentimentos, de mim, de nós, das nossas frustrações, amores desamores, dos desencantos, dos sonhos, desejos e esperanças.
Que me julguem...estou pouco me lixando. Pouco me importasse se alguém me lê. É me completamente indiferente, estou-me completamente nas tintas para o que alguém possa pensar de mim... Até porque aqui não sou nada, apenas palavras, louca... ? Sim talvez.
Mas para que me serve a merda de um blogue se não poder gritar o que me apetecer?? Coisas bonitas e bem comportadas já escreve meio mundo e não estou a pedir a ninguém para me ler... eu nunca fui politicamente correcta nem certinha portanto que se lixe..
Possivelmente tenho uma maneira de ver o mundo diferente da maioria das pessoas, até porque não existem duas pessoas iguais.
Estou um bocado farta de tudo "isto" que me envolve, uma vidinha de classe média onde parece que tudo nos é imposto e pré-determinado, cheia de regras, e falsos moralismos.
Olha que isto fica mal, olha que aquilo não é adequado, isso não é para a tua idade... Não deverias fazer assim...
Sinto-me a sufocar e a precisar de "espaço" o meu espaço o meu tempo, os meus gostos onde seja eu mesma sem me estar a preocupar que "fica bem ou não" tenho vontade de mandar a merda todas as regras e convenções a que fui sujeita durante anos, a deixar de me preocupar com o que os outros pensam e pensar mais em mim.
Estou farta de pessoinhas perfeitas palavras de circunstância escolhidas a dedo ... Hipocrisia e falta de verdade.
Mentiras... Um chorrilho de mentiras porque ninguém é perfeito e todos temos momentos de nos apetece gritar que estamos fartos, ou não??
Farta de ler coisas perfeitas... E então onde são os outros, os imperfeitos?
Pensar se estou feliz.... se é isto que eu quero para minha vida.
Porque será que perdemos o habito de nos analisar??
Cheguei a conclusão que o que faz o impedimento é o medo de tomar conhecimento com a realidade e de descobrir que estagnamos em alguns pontos da nossa vida.
Temos sempre a mania de pensar que a “galinha da minha vizinha”é sempre melhor do que a minha...
Mas todos têm duvidas, problemas , e normalmente existem dois caminhos, ou falamos deles e exorcizamos todos os fantasmas ou vamo-nos acomodando e deixando de viver. Depois de muito pensar cheguei à conclusão que tenho “tudo”....
Depois de 25 anos de vida em comum olho para trás e realizei todas as metas ...namorei muito, construi uma família, solidifiquei-me a nível profissional ,realizei os sonhos matérias e viajei. (tenho uma vida invejável..)
Mas realizei os sonhos que realmente importam?
Hoje agora neste momento que já vivi mais de metade da minha existência, sinto-me totalmente realizada?
Sendo realista...
A ti meu amor, porque hoje....
Sinto marasmo que se transformou a minha vida, sinto-me pouco mais do que um dado adquirido.
Onde já não existe a necessidade de investir, conversas banais, tantas vezes de circunstância.
Como se tivéssemos a seguir algum guiam escrito por nós mesmos há muitos anos.
Sinto-me a jogar completamente na defensiva nas relações amorosas.
Temos ao nossos momentos que me parecem cada vez mais fugazes..começo a descobrir coisas em mim que desconhecia.
Já não gosto de expectativas.
Não gosto de me sentir a precisar de alguém.
Já não me consigo expor como dantes. Atormentam-me as dependências, depender de alguém.. não sequer sei porquê.
Já não gosto de dizer: Amo-te não que não te amo porque não posso negar que ainda te amo mas a palavras fazem-me alguma confusão.
Não gosto de elogios principalmente relacionados com a minha vida pessoal, e responde invariavelmente a desconversar.
Eu quero mais...espero mais da minha vida, tenho sonhos.
É impossível manter uma conversa quando dois não querem, passa a ser um monólogo, quando não se quer ver que não está tudo bem. Sinto-me tantas vezes como se estivesse a falar para uma "parede".
Pormenores, pormenores que saltam a vista...
Pergunto-me onde foi que nos perdemos? E porque raio não te questionas tu?
Faltamos alma... Paixão, desejo... O sexo passou a ser como que uma obrigação, faz parte, não é?
Não te acuso de nada, nem vais ler isto... É mais um desabafo meu, porque a culpa nunca é só de um, ambos somos culpados, possivelmente passamos tempo demais a olhar para nós mesmos sem nos preocuparmos com o pormenor que é (nós dois)
É uma sensação de dualidade, uma parte de mim que me diz que ainda vale a pena que não devo desistir que são fases da vida e que tudo vai mudar, a outra parte tem vontade de mandar tudo as ortigas e dizer basta.
(Será que sou a única pessoa que se sente assim? Existem casamentos perfeitos?)
Não ,a galinha da minha vizinha não é melhor do que a minha.... talvez nem a vizinha pare para apensar...
Gostaria de poder ler os teus pensamentos, descobrir para lá do que é visível.
Neste momento sinto-me presa, insegura e farta a sufocar em palavras
Isto já me passa!