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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Não gosto de postar imagens, é um facto.
Mas hoje apetece-me!
Depois da abstinência, há dias que apetece soltar a "fraga"…
Um bom vinho e relaxar..
Alguma coisa contra..?
Hoje, estou contente.
Estou.
Não sei porquê, mas estou.
A vida corre.. e até correr bem. Adoro o que faço e está tudo perfeito. Tenho uma família sem stresses . Sou uma excelente mãe. Uma companheira fantástica o meu “mais que tudo” até tem o habito de dizer: Ó.. ó.. Nem com uma lanterna acesa encontrava outra igual , eu sei, eu sei, ele é um tipo de sorte. E uma dona de casa de primeiríssima agua e muitíssimo prendada.
O essencial, portanto.
Dito isto…. Só me falta dizer que a minha maior qualidade é a modéstia!
Gosto de cozinhar, a serio que gosto! Todos os meus petiscos mais ou menos elaborados, não são apenas comestíveis …nada disso, são pratos de divina degustação.
Já me tinha passado pela cabeça publicar aqui algumas das minhas iguarias, mas existem blogues sobre o tema com tanta qualidade e tão bom aspecto que me sinto acanhada…
( é outras das minhas qualidades, o acanhamento)
Houve um tempo que fazia da cozinha o meu lugar de eleição da casa ( também não tenho muito tempo para estar “enfornada” na cozinha) mas isto com a idade passou-me.
Já cantava o outro: mudam-se os tempos mudam-se as vontades…! Cantar, cantava o Zé Mário Branco, mas quem disse foi o Camões, não foi?
Existem dias estranhos… como eu costumo dizer dias que não lembra ao “diabo”.
Dias em que algumas daquelas coisitas que falei lá em cima deixam de ter a áurea de “perfeitas” e as consigo ver com realismo…
Háaaaa e é nessas alturas que me dá uma vontade incontrolável de comer, comer… um doce. Porque isto ninguém é de ferro e há que gastar as energias de alguma maneira.
Eu sei perfeitamente que existem formas muito melhores de gastar as ditas. Mas ontem era "terça feira"….E como sempre ouvi dizer: Quem não tem cão caça com gato, e depois de ter estado a falar das minhas mágoas com alguém que fez como o outro... "Vou ali comprar tabaco já volto" vai dai, resolvi gastar as minhas energias na confecção de uma coisa doce. Então, ontem fiz um bolo!!
Já devem ter reparado não gosto muito de colocar imagens nos posts, e por isso, e só por isso não deixo aqui uma bela foto de deixar qualquer um a salivar.. ( também não quero correr o risco de aumentar as visitas ao blogue)
Então vamos à receita.. O grau de dificuldade está ao alcance de todos, acreditem.
Portanto..
Uma forma
Um microondas
Um pacote de bolo instantâneo, não vou dizer a marca que não sou paga para fazer publicidade.
Despeja-se o conteúdo do pacote para a forma e liga-se o microondas em potencia máxima, 7 minutos e Voilà …
Resultado…
Douradinho e com um cheiro fantástico.
Então vamos lá à primeira fatia ( também a verdade seja dita não dá muitas)
Descubro então que o sabor é, deixa cá ver, é… pois não é!! Aquela “coisa ” cheira a laranja , parece bolo de laranja mas não sabe a nada, niente.
Moral da história. Existem coisas bem mais interessantes para gastar as energias. Por exemplo a fazer um bolo de chiffon..
No meu tempo...
Ele pensou nessa frase,... O começo do discurso sobre comportamentos que desfiou para o filho, horas antes de sair de casa.
Estava a conduzir a caminho do trabalho quando, parado no sinal vermelho, observou um grupo de jovens adolescentes que atravessava a rua. Rapazes com as calças largas, um número bem maior que o corpo pedia , descidas, mostravam as cuecas e raparigas com as calças tão apertadas que pareciam não conseguir respirar, no mínimo um numero a baixo, deformavam o corpo ainda em formação.
Bem, esse, por certo, era é o tempo deles...
O tempo do “por que não...?”, sem entoação de pergunta e sim de uma afirmativa categórica.
De fato, no tempo "dele" , esse “porque não!!!”, era a resposta e também o ponto final.
Constatou então, que a gramática havia mudado e nesta nova, os pingos nos “is” caíram, de vez, em desuso.
Lembrou da conversa que tivera com o filho naquela manhã. Enquanto falava sobre o mau comportamento dele na escola e em família, o garoto expressava-se com monossílabos ou vocábulos em inglês.
Sentiu-se como numa sala de conversas (chat) da internet. Com a sensasão de já ter ultrapassando o número de letras permitido, onde já não adiantava insistir na mesma tecla.
Lá ia o seu filho, mochila as costas, pedaço de pão na mão, com um "anel" no nariz a "digitar" no ar um grande “FUI!” ...Como que a bloquear o acesso a visitantes indesejável.
Ficou travado, no ecran daquela cena, até então. Era como se o cursor do rato estivesse congelado na sua cabeça. Deu-se conta que repetiu a mesma frase que o pai lhe dissera há tantos anos atrás:
“No meu tempo era assim e não assado”.
E uma sensação de impotência instalou-se-lhe na alma. Acaso não tenho mais tempo?
Então onde o perdi?
Só podia tê-lo perdido... pois não o vi terminar!
O que faz o tempo do "meu " filho não ser o "meu" também? Afinal, só havera realmente, um tempo na vida? O tempo dos jovens?
Quando ele dizia: “no meu tempo”, parece que, automaticamente, um botão o tirava de circulação, limitando-o a um tempo que já se passara há muito... Mas, ao levar a mão ao peito, o que era aquilo que ainda reconhecia a pulsar? e a pontada de expectativa diante do que tinha por viver?
Dos sonhos que ainda não haviam se tornado realidade... Dos planos esboçados num guardanapo de papel no café da manhã, ainda à pouco...
Aqueles jovens que atrevessavam a rua carregavam a mesma atitude que um dia tivera. Um olhar indiferente para os adultos há sua volta. Um ritmo novo no andar, como se afrontassem o silêncio dos comedidos, com seus passos sem pressa de chegar.
Talvez por que chegar não fosse tão interessante quanto era o passeio... Isto "ele" lembrava-se de ter sentido, mesmo que não concebesse que o tinha sentido na época. Mas agora, sob a calvície adquirida pela idade, de homem que vive a correr atrás do futuro e deixa o presente sempre no passado, o pensamento naquela sensação quase a trouxe de volta e por pouco não deixou o carro para seguir a pé...É que o que o acorrentava àquele banco era, talvez por ironia do universo o tempo. ..
Esse roteiro pontual da vida que nos põe adiante.
Sinal verde. Era hora de cumprir o tempo. Viu os adolescentes desaparecerem , no outro lado do passeio , no meio do ir e vir dos transeuntes e assentiu para si mesmo em concordância com o fato de que eles também precisavam seguir, mesmo sem perceberem que a alegria era trilhar o destino e não tê-lo prontinho na próxima parada.
Alguns minutos depois, chegou no escritório de contabilidade onde trabalhava.
Olhou o "tempo" na parede, estava na hora: deu o bom-dia de todos os dias. Retomou o trabalho de tantos dias. Recebeu a incumbência do dia. Tomou o segundo café do dia. Meio-dia comeu o prato do dia. Fim do dia deixou tudo em dia e preparou-se para retornar a casa que comprara um dia a prestações, que se estendem até hoje , mas que são debitadas na sua conta, automaticamente, no dia do vencimento. .
Então, como um balde de água fria, despertou de todo o cansaço do expediente, enquanto procurava pelas chaves do carro, no estacionamento da empresa, chegou á conclusão de que seu tempo não havia acabado.
A cada dia, ele estava lá a construir o dia seguinte, possibilitando o amanhecer. Por que então aquele tempo não era seu?
Quem de fato o fazia acontecer?
Sorriu ... E ainda a sorrir seguiu para casa, sem pressa, sem horas.. conduzia o carro no tempo que agora voltara a ser dele.
O passado fugiu, o que esperas está ausente, mas o presente é teu. O teu tempo... Vive-o
(Provérbio árabe)
Miguel ,gracias
Um dia normal, uma sala com três tipos que mais pareciam ter engolido um garfo ... e um conceituado gestor da alta roda financeira, bem colocado na vida, daqueles que “cheiram a direita” por tudo o que é poro e nunca mostram os dentes
Comprimentos da praxe cada um se dirige à respectiva cadeira e alguém diz uma das frases mais iluminadas que já alguma vez alguém disse...: «O país está a atravessar uma crise!»
Verdade? Foi a pergunta que bailava nos meus lábios mas que a tempo segurei. Mais iluminada do que está só mesmo a da Lili Caneças que diz do alto da sua sabedoria: «Estar morto é o contrário de estar vivo.»
Mas a diante...
Eu tenho mau feitio. Reconheço. Sou teimosa, refilona e não deixo nada por dizer, por isso meto-me muitas vezes em confusões.
Ainda me falta saber porquê, mas de vez em quando faço figuras tristes, que considero tremendamente injustas. Daquelas figuras que me fazem corar pois é ainda consigo corar...mas nunca desistir. São circunstâncias que depois se tornam no mínimo caricatas.
Tudo na vida precisa de um pouco de "pimenta " ou perde a graça...e nunca penso que tudo está perdido.
Como tudo pode estar perdido se ainda posso sorrir?
As alegrias grandes ainda não as perdi e ainda consigo dar uma boa gargalhada até de mim própria e ainda tenho brilho no olhar.
A vida é clara. Clarinha como água. E quando assim não é, é porque estamos a viver de forma errada.
Há pessoas que nascem para viver com tranquilidade e quando surge um problema perdem o tempo a decidir se tomam um calmante, se se "enfrascam" violentamente ou se hibernam e outras que nascem com bichinhos carpinteiros, daquelas que nunca conseguem estar quietas e que têm que estar sempre a magicar algo e que não tem medo de errar ou até fazer figuras “tristes” se acreditam que estão certas e fazem valer os seus direitos.
Medo de arriscar..?poupem-me!
A vida é um “jogo” e temos de jogar sem mostrar medo de adversário ou estamos arrumados no primeiro rand.
Sei que posso vencer pelo cansaço sou persistente...Tanto que as vezes nem pachorra tenho para me aturar a mim própria, irra..
Hoje até me apetece dizer:
"Sabes porque gosto de ti? Porque entre outras tantas coisas me dás uma tranquilidade e uma paz..."
A vida é uma coisa fantástica, não é?
Não tenho nada a dizer...
Esgotei as minhas palavras...
E hoje...
Bom...Hoje, não consegui fazer melhor que isto ...
Vou olhar o dia com olhos de "ver" para "ver" o que ele me reserva!
O raio das datas festivas.
Não gosto de dias assinalados, palavras improvisadas, das prendas alegóricas ao dia, é um negócio da china. Não gosto mesmo. Porque o dia da mãe é todos os dias ou não? Quase que estive tentada, este ano, a ir para a floresta mais próxima dançar sozinha em redor do primeiro pinheiro que encontrasse.
Mas, depois de te visto o the blair witch Project, passou-me a vontade de me passear sozinha por uma floresta para o resto da minha vida.Que pena.....( E então lá houve os paparicos do dia da mãe)
Desculpem-me os entendidos mas parece-me a mim uma hipocrisia. Os gestos de carinho os factos são coisas diárias não de dias específicos.
PS: Sim tambem amo a minha mãe e eu como mãe sou do mais "galinha" possivel.