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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Porque é que se diz que é tão complicado perceber o que se passa na cabeça duma mulher? Se calhar é igual nos homens, mas da minha limitadíssima experiência estou em crer que as mulheres complicam o que os homens simplificam.
Dizia uma amiga minha e com toda a razão: Há momentos para falar e há momentos para silenciar!
A escolha desses momentos depende de cada um de nós e também existe o silêncio à queima-roupa, mas isso já são outros quinhentos… Se não tens nada para dizer cala-te e escuta …
Por alguma razão, não sei bem porque, provavelmente cultural, somos instigados para a (falsa) ideia de que somos “obrigados” a dizer coisas…a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não existe nada mais falso, isto teria muito mais piada se respondêssemos somente ao que queremos responder e reagíssemos só quando valesse a pena, falássemos apenas quando tínhamos alguma coisa para dizer… Se nem sequer sou obrigada a atender o meu telefone pessoal … Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Podemos escolher o silêncio.
Além disso, não teríamos de nos arrepender por coisas ditas em momentos impensados. “Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio”. Isto já disse Xenócrates, uns trezentos anos antes de Cristo.
Falar por falar, escrever por escrever… porque?
É o mistério quase tão grande como o significado oculto do rei Artur e de Robin dos Bosques. Ou as ligações secretas entre o Vaticano e o partido Nazi, que nunca ninguém soube explicar…
Uma boa aposta para se perder em palavras é ler…
Chegou-me as mãos um livro ( O Sexo e Deus )que embora polémico dá que pensar… (provocou um grande escândalo aquando do seu lançamento nos Estados Unidos) também não é para menos… Aqueles lá também são grandes em tudo, até na hipocrisia como na ignorância!!
As tantas ,diz-nos o livro: O sexo é indispensável para que possamos alcançar uma superioridade espiritual, uma paz, uma força que nos faça chegar a Deus.
Podem ser afirmações consideradas perigosas…. A ver pelo voto de castidade que é “exigido “ aos homens e mulheres da igreja, padres, freiras e afins…
Mas é sem dúvida, uma nova abordagem da sociedade ocidental de Sexo e Deus.
O autor é James T. Haug.
Amizades Improváveis, outro excelente livro de Graham Joyce. Sem moralismo pomposo, consegue um perfeito equilíbrio e é esta uma das muitas razões que fazem deste livro uma fantástica obra da ficção actual.
Um sorriso, não sorrisos sarcásticos, mas reais um abraço, podem ser uma boa resposta quando não se tem o que dizer…
O como dizem que o silencio é de ouro…
E eu ja devia estar calada...!!! Eu e o comandaste que fazia um voo internacional.
Como é habitual, o comandante do avião liga o Microfone e fala aos passageiros:
- "Bom dia, senhores passageiros, neste exacto momento estamos a 9 mil Metros de altitude, velocidade cruzeiro de 860 km/hora e estamos a sobrevoar
A cidade de... AAAAAAAHHHH............... VALHA-ME DEUS...!!!"
Os passageiros ouvem um barulho infernal, seguido de um grito Pavoroso "NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!"
Depois de um silêncio sepulcral, volta a ligar o microfone e, timidamente, Diz:"Peço imensa desculpa, mas esbarrei na bandeja e uma chávena de
café caiu-me no colo. Imaginem lá como é que ficaram as minhas calças à Frente!!!"
Prontamente, um dos passageiros gritou: - "Filho da puta ! Imagina lá como é que ficaram as minhas calças atrás!!!"
(Há precisamente um ano atrás foi este o primeiro post .)
Pensamos muito antes de comprar um apartamento, casa ou um carro.
Primeiro só pensamos nas vantagens do possível investimento.(travões ABS, vidros eléctricos, ar condicionado, rapidez.. Quantas varandas, aquecimento central, banheira de hidromassagem, com ou sem jardim) e face aos inconvenientes (tamanho do guarda lamas, escassa aceleração, consumo.. Acabamentos, disposição solar, áreas ..)
Se as primeiras superam as segundas, perguntamo-nos :
Vale o que custa? ( É uma pechincha é um capricho? Vale a pena pagar trinta mil euros, ou trezentos mil?..)
Se a resposta for sim, fazemos uma segunda interrogação : É financiáveis o preço? O nosso banco acederá a apoiar essa hipoteca?
Claro que nos comprometemos com o nosso ordenado a pagar religiosamente as “prestações “mais ou menos chorudas todos os meses.
Se a resposta voltar a ser sim, compramos.
Com o amor acontece uma coisa parecida.
Primeiro, sentimo-nos atraídos por determinada pessoa por algumas qualidades ou por um modo de ser ,timidez para quem goste, extroversão , para quem ache divertido, aquela forma particular de coçar o nariz ou a forma encantadora de encolher os ombros..
Outras vezes é alguma coisa inexplicável, física, sabemos que os defeitos estão lá que não gostamos .. Mesmo assim optamos por ir em frente e convida-lo para ir ao cinema, ou enviar-lhe flores, ou convida-lo jantar, e decidimos pagar para ver...
Até pode ser uma boa "queca" mas nada de extraordinário mas tem uma boa conversa.
A pergunta que raramente nos fazemos é se estamos emocionalmente preparados para financiar está relação? Se as nossas próprias forças nos concedem credito?
Porque existem pessoas incompatíveis, que nunca deveriam partilhar uma cama e, muitos menos, pensar em viver juntos.
Há casais que vivem numa situação constante de terrorismo intimo em que cada um vai minando inexoravelmente a felicidade, a auto estima do outro.
A porra é que essa pessoa nos atrai como a luz atrai a traça...por muito que se julgue as virtudes não eclipsam os defeitos e as pessoas raramente mudam..
Azar é quando nos apaixonamos por alguém com o intuito de o transformar .
Estão a pensar que parvoíce comparar o amor com um carro ou um apartamento... E porque não?
Ao fim e ao cabo, um amor pode ter muito mais influência nas nossas vidas do que qualquer bem material e, assim, porque razões não podemos ter o mesmo cuidado na hora de escolher uma relação?
Pois não temos...
Infelizmente a paixão é inevitável e incendiaria, a paixão nega a reflexão a paixão queima.
E os cofres dos nossos bancos emocionais nunca estão suficientemente fortes para por entrave na paixão.
Balanço: foi divertido e positivo.
Principalmente (não estar aqui) e poder deixar este post pré editado para hoje.
Nem tudo que tem (preço) é obrigatoriamente um valor monetário, existem valores bem mais altos do que os €€€!
A nossa relação com o dinheiro é complicada porque lhe damos um valor que ele não têm . Até porque as coisas mais simples da vida são gratuitas ou custam pouco dinheiro.
Fui desafiada por (Sorrisoduplo) "gracias"a enumerar 10 coisas completamente grátis que eu goste.
Não sou uma pessoa de gostos caros. Mas pensei em montes de coisas que gosto, e cheguei á conclusão que de uma maneira ou de outra todas elas custam alguns (€€€ )
Então escolhi estas (10) que nenhum valor monetário pode cobrir…são impagáveis.
Existe preço para isto..?
Quais as razões que levam as mulheres a serem tão mazitas umas para as outras?
O óvio seria as mulheres serem mais umas pelas outras, e não arqui-inimigas como acontece continuamente amigas no verdadeiro sentido da palavra, unidas. Mas não! Na hora da verdade, salvo as raras excepções, não o são, de todo. Porquê!!!?
Por mais que as coisas mudem, o mundo continua(rá) a ser predominantemente patriarcal (considero-me feminina e não feminista, por isso não utilizei termo “machista”)
Os homens são muito unidos, como se pertencessem ao mesmo clube de futebol ou sindicato. As mulheres não possuem 10% da união dos homens. E fazem uma guerra silenciosa que travam em todos os momentos de sua vida, seja no trabalho, no grupo de amigos, na família, na escola, na discoteca.
Quantas mães são as piores inimigas da própria filha?
Quantas irmãs disputam a atenção e o amor do pai de maneira patologica?
Quantas sogras não aceitam as noras?
Mas as batalhas entre as mulheres não são travadas só no âmbito familiar. Acontecem em muitos escritórios, nos quais elas preferem receber ordens de um homem que de uma mulher. A falsidade é a tônica do processo e, não raras vezes, uma coloca a outra em situação desagradável, boicotando ações, impedindo promoções e até mesmo providenciando algum deslize para que a concorrente seja demitida.
Essa guerra torna-se verdadeiramente séria, quando a mulher se sente ameaçada por outra mulher, no campo amoroso. É normal ouvir uma mulher acusar outra de ter roubado o marido. Normalmente as mulheres não conquistam um homem, elas disputam um homem, competem e guerreiam entre si pelo macho usando todas as armas para conquistá-lo. As mulheres casadas olham as solteiras como verdadeiros inimigos da sua felicidade.
O grupo das senhoras casadas unem-se contra uma possível ameaça de perder o status que 'possuir' um homem lhes dá. Vivem em eterno stress para mantê-lo ao seu lado. São amigas somente de mulheres casadas, como se fizessem parte de um clube de defesa da felicidade conjugal. A beleza de uma mulher também incomoda muito. Elas normalmente fazem comentários atacando a sua inteligência, a sua moral ou seu extrato social, enfim, encontram algum motivo para denegrir aquela que é considerada bela.
Um homem quando tem uma vida sexual muito ativa, é visto pelas mulheres de forma positiva, um conquistador. Já quando a mulher tem a mesma conduta, são as mulheres as primeiras a criticá-la, a denegri-la moralmente e socialmente. É muito comum as mulheres serem extremamente complacentes com os erros masculinos e implacáveis com o mínimo erro feminino. Julgam as mulheres mais duramente que os homens.
Analisando a situação da mulher nos últimos 5 mil anos, esse sentimento de inferioridade e de competição são frutos do poder masculino. A mulher só era considerada se possuísse alguma beleza ou se era interessante para a família casá-la com alguém importante na conquista de laços de ordem política, militar ou econômica. Desde então a função das mulheres é basicamente gerar filhos, dar prazer ao macho e obedecer às suas ordens, sejam eles pais, irmãos ou maridos.
A condição da mulher neste planeta é totalmente caótica, sem nexo. Ela faz parte, participa, mas não é determinante e esse sentimento de pertencer e não contar, gerou nas mulheres uma batalha entre si. E continuam a batalha entre elas, uma verdadeira guerra para ser a mais bela, a mais eficiente, a mais amada, a mais inteligente, e por incrível que pareça, a mais condizente com a sociedade na qual vive.
O sentimento de inferioridade que as mulheres sentem desde a infância, faz com que a menina canalize sua inveja e o seu sentimento de castração para o seu relacionamento com as outras mulheres. Ela não pode lutar contra todos os homens, contra todo um planeta. Ela quer ser amada, aceita e não reconhece no homem o objeto de impedimento, e sim nas mulheres, que como ela buscam a aceitação e serão sempre alvo de suspeitas.
A amiga, a irmã, a nora, a colega de trabalho, a sogra, todas estão a lutar pelo que ela também luta e isso transformaas em inimigas. As mulheres comportam-se desta forma no relacionamento com as outras por se sentirem impotentes perante a sociedade em que vivem. Por terem sido condicionadas por milhares de anos a viverem na sombra, a disputarem entre si um pouco de atenção, um pouco de respeito e dignidade. Tentam criar uma identidade própria atacando as outras e não os homens, impedindo assim, a sua liberação deste circulo vicioso.
Ela não consegue identificar o homem como o causador de suas frustrações e limitações, mas se solidariza com o homem, já que ele lhe permite a aceitação na sociedade em que vive.
É hora das mulheres mudarem os alvos de sua agressividade e pararem de lutar contra as outras mulheres. A luta entre mulheres deve ter o seu fim decretado, para extinguir o condicionamento, a opressão e a violência que sofremos. Para que as mulheres caminhem lado a lado como aliadas. Como vitimas que todas somos deste planeta machista e violento.
E eu assino por baixo.
(E a pensar numa longa conversa que tive ontem)
O amor é um lugar estranho..
Mas hoje vou falar de amor. Não que seja grande especialista e entendida na matéria ,até nem tenho muito jeito com palavras bonitas ou sequer tenho na manga alguma super teoria que possa surpreender...Nada disso, eu simplesmente amo... Amo o meu filho incondicionalmente, amo o meu “mais que tudo” amo a minha família a minha vida, e pequenos momentos e pormenores... Mas amo principalmente viver.
Hoje acordei com este dia feio enevoado e chuvoso e com pouca vontade seja para o que for, só ronha..
Mas ora bolas acordei, não foi? E melhor ainda, viva e de saúde.
A minha mãe a qualquer contrariedade tem o habito de rematar com: "é o destino"
O destino não é uma questão de chance é uma questão de escolha. Muito menos é uma coisa a ser esperada mas sim para ser alcançada.
Se eu pensar bem,qual destino qual que... a nossa vida é, toda ela, talhada por decisões que vamos tomando. Nada acontece por acaso tudo são circunstâncias que se criam em redor
Das mais pequenas decisões, às maiores, vamos fazendo os percursos, escolhendo o melhor meio para os percorrer. Com mais ou menos trambolhão, com lamentos ou simplesmente decidimos ser optimistas.
Invariavelmente as nossas escolhas recaem sempre no que “acreditamos”, gostamos, desejamos. Vivemos, do resultado dessas escolhas, por vezes boas, outras vezes más.
Nem sempre a escolha que nos parece a certa em determinado momento é o melhor para nós.
Ou talvez seja... Porque todos temos como princípio de vida fazer escolhas que nos fazem felizes.
Ok, até pode não ser para sempre, mas aqui entra a velha frase: Que seja eterno enquanto dure.
Mas não são todas estas escolhas, momentos, completos ou não com as quais construímos a nossa história de vida?
Desde que me entendo por gente, sempre me lembro de ouvir dizer que “Não podemos escolher de quem gostamos”. Óptimo! Ainda bem que assim é. Ainda bem que nós permitimos a errar que não procuramos só o ser "perfeito". Aqui entre nós, se tivéssemos hipótese de escolha, não cometeríamos erros? Duvido muito... Até porque todos nós sem excepção tendemos a gostar da "canção do bandido" e por isso cometemos sistematicamente os mesmos mesmos erros, mas são erros que nos dão imenso prazer, certo??
Eu por mim falo, acho que a perfeição é monótona e desinteressante...A vida é feita de paradoxos, tentamos encontrar explicações para circunstâncias, momentos ou simplesmente querer saber o que nos faz sentir atraídos por determinada pessoa.
Será personalidade, carácter, tesão ..? O que é que nos faz ter interesse por determinada pessoa. Algumas que nós até sabemos que não são lá "aquela coisa"...
E porque é que existem pessoas que caem sistematicamente na canção do bandido/a? (Isto tanto nos afectos como na vida profissional e no dia a dia) É costume ouvir-se que aprendemos com os erros e que, de cada queda retiramos, umas quantas nódoas negras, uma aprendizagem que nos permite não cair novamente.
A questão é, se nos levantamos porque é que nos permitimos cair outra vez? Em relação ao amor tenho uma teoria simples: Porque o amor é um fenómeno que nos transcende.
No fim de contas, é isso que nos faz mover.. O amor..! Procuramos a pessoa "certa" o/a tal que esteja lá para os nossos pormenores, para os bons e os maus momentos.
E, invariavelmente, não está sempre... Isso é humanamente impossível. Desculpem mas é a minha opinião, temos momentos que estamos acompanhados por a pessoa mais fantástica e importante da nossa vida mas estas sós.... Mas o mais importante é que continua (ele/a) a tirar-nos o fôlego como nenhuma outra.
O amor só faz sentido se for espontâneo, só é mágico se tiver mistério Aconteceu e pronto... Para que procurar explicações para uma coisa tão simples que todos nós teimamos em complicar? Raio, porque é que eu gosto da pessoa (x) ou (y)?
Por que é que nos apaixonamos?
Vale a pena encontrar explicação para uma coisa tão simples? Se fizermos a mesma pergunta a 100 pessoas diferentes de certeza que vamos ter 100 respostas diferentes.
O amor é um mistério simplificado que complicamos.
Ainda sobre o amor, sempre tive a mania que a felicidade e/ou sofrimento associado é, de certo modo, controlável por nós. Mas e será?
Ninguém em sã consciência quer sofrer... ! O amor para mim tem que ser feito de sorrisos, dizia eu, não aceito menos do que isso...!Só concebo o amor entre duas pessoas que tenham os mesmos gostos e os mesmos hábitos.(Sempre fui cheia de verdades absolutas)
Tive um namorado, há muitos muitos anos atrás, num reino bué bué da longe... Que me disse no meio de uma discussão:
Não sabes o que é o amor! Um dia quando o encontrares, vais perceber que é feito de altos e baixos, faz rir mas também chorar... E só o verdadeiro resiste ao tempo.
Bom... A macumba foi tão bem feita que a "profecia" cumpriu-se. Casou comigo, estamos juntos até hoje. Com muitos altos e alguns baixos, e com muitos sorrisos. Pergunto-me muitas vezes como é que dois seres tão diferentes "como um dia de calmaria e outro de tempestade" sobrevivem até hoje?
Continuamos os mesmos, nem ele mudou para me agradar nem eu deixei de ser quem era. As lágrimas também fazem parte da vida... As nossas diferenças é que nos completam,adaptamo-nos e continuamos a ter prazer em estar juntos.
Teremos alguma patologia grave? Ou seremos, somente, naturalmente loucos, como se diz dos poetas e de todos aqueles que se atrevem a amar?
(Não existem amores impossiveis ou pessoas que não são para nós ,existe amor)
PS:As conversas são como as cerejas...não sei se era isto que queria escrever,mas já está.
“Bem! Tu viste o pedaço de mau caminho que acabou de entrar?”, perguntou minha amiga Fátima, quase a engasgar-se com o café que acabara de pedir.
“E tu achas que eu sou mulher de perder uma coisa dessas?”, respondi, sem tirar os olhos do moreno , género casual chique, cabelo negro que acabara de entrar.
“Sou tarada por homem de calça de couro preta. E olha que rabo ele tem...”
Obviamente, eu já tinha dado uma boa olhada no rabo dele. Só que... “Estás cega, Fátima? O homem está de jeans.”
“Como, jeans? Espera lá: de que homem é que tu estás a falar?”
O deus grego que acabava de entrar, a umas três mesas de distância, de modo que pude fazer uma bela e detalhada descrição: “Aquele viking ali, barba meio por fazer, olhos azuis, quase cinza...”
“Não, o que eu digo é o morenão do outro lado do balcão. tipo latino caliente, parecido com o António Banderas.”
“Ah, aquele... Também é interessantíssimo. Mas podes ficar com ele todinho para ti.”
“Bem que eu queria”, suspirou a minha amiga, enquanto os objectos do nosso desejo se afastavam.
Os homens são tão sortudos! (E, desculpem, queridos, mas tão sem imaginação!) Enquanto eles tem como o seu tipo de mulher ideal um determinado padrão de beleza de que todos gostam, magras, belas e esbeltas nós, ao contrário, achamos a maior graça em “quase” todos eles, não importa o tipo.
A maior prova disso sempre ouvimos os homens dizer, o meu tipo de mulher é assim ou assado e sempre boazona de preferência.
Já nós mulheres em compensação...
É difícil definir o nosso tipo de homem. Pode ser o grande e cheio de músculos, ar perigoso; pode ser o sensível meio intelectual de olhar carente. O baixinho que passa despercebido. O certo é que se ele provocar uma reacção química...
A adrenalina enlouquece. A vontade é agarrar o desgraçado e leva-lo para algum lugar, qualquer lugar. E o Adónis que nos faz perder o eixo não tem necessariamente nada a ver com a beleza clássica do Adónis de verdade; muitas vezes, não tem nada a ver sequer com beleza.
Um jeito de olhar, um sorriso, o cabelo, um gesto de mãos.. Ou seja, há um sentimento que beira o êxtase espiritual quando olhamos para um homem bonito, mas alguns tipos de beleza são só para consumo externo. A diferença, desculpem o cliché, está no íntimo!
“Queres outro café?”
Fátima, que de parva não tem nada, percebeu imediatamente a segunda intenção por trás da minha gentileza. Do balcão, a “vista” era bem melhor do que ali da nossa mesa. E lá fomos nós procurar uma posição estratégica -- isto é, que me deixasse de frente para o meu deus deus grego. O homem era mesmo um escândalo de sensualidade. . Tinha até um buraquinho no queixo, o bandido.
“Ele é a cara do Juanes”, comentou a Fátima. Ela tinha razão: realmente ele lembrava o Juanes o cantar ,que é lindo de morrer.
“Aposto que é músico também”.
“Será?”, suspirei.
“Vai lá e pergunta!”, desafiou-me.
“Nem pensar!”
“Por que não? O que tem demais, olha que tinha graça?”
A Fátima ainda me tentava convencer quando o “António Banderas” se “pendurou” nos nossos pescoços. “As meninas estão sozinhas?” O jeito ordinarote e o bafo de bebida foram suficientes para quebrar qualquer resquício de encanto. Um desastre completo
“Não, estamos uma com a outra, obrigada”, respondeu a Fátima, já totalmente esquecida do fascínio da calça de couro preta e pronta a protestar se o homem insistisse em se sentar connosco. Felizmente, o Banderas não estava sóbrio suficiente para insistir.
“tens a certeza de que preciso explicar o que tem de mais?”, brinquei.
Confesso que sou adepta fervorosa de olhar pelo prazer de olhar. O fato de ficar com os pneus arriados pela aparência de um sujeito não significa que queira levá-lo para casa. Na minha opinião, a graça está em admirar... E ficar imaginando coisas. Para que me decepcionar? Para que correr o risco de descobrir que o homem é gay? Ou que nunca leu, nem sequer um livro do Patinhas? O bom deste “ flirt” que acontece por acaso é que a gente pode projectar no "deus grego" todas as qualidades que gostaria que ele tivesse. Mas não há a menor necessidade de o comprovar na vida real.
A experiência de vida já me ensinou que nem tudo o que parece é... A beleza é muito subjectiva... Não podemos ter certeza de que um sujeito é mesmo bonito antes de conhecê-lo. Só aí o maxilar quadrado, o olhar penetrante, o sorriso misterioso, ganham sentido. É o tipo de beleza que só se vê de perto. Aliás, bem de pertinho.
Depois de a Fátima me dar boleia até em casa, fiquei horas e horas deitada na cama sem conseguir dormir, lembrando o grand finale daquela noite. Por momentos levantei-me, fui até à loja de música que existia dentro do café, aproveitar para ver os Cds . De repente senti uma presença ao meu lado um perfume agreste de homem. E, no mesmo segundo soube que era ele.
Ficamos algum tempo em silêncio, mas eu ia morrer se não ouvisse a voz dele. “Não consigo encontrar nenhum CD do Perry Blake. Consegue vê-lo?”, tentei parecer o mais natural possível. “Acabei de ver Have You Ever Really Loved A Woman?. Garanto que é das música que você mais gosta.” Com essa observação, ele subiu no mais alto degrau do meu pódio particular de homens interessantíssimos. Conversamos mais um pouco sobre nossos gostos musicais, escolhemos alguns temas e, quando me preparava para voltar à mesa, ele olhou-me bem dentro dos olhos (que, por sinal, não eram azuis, eram verdes), e disse:
“A gente já não se encontrou antes? Tenho a impressão de que a conheço .”
“Também tenho, mas não me lembro de onde”. A essa altura eu estava a ponto de ter uma coisa.
“Tudo bem, tenho certeza de que nos vamos encontrar outras vezes. Você vem sempre aqui?”
“Hum-hum...”, já nem falei porque estava a mentir descaradamente!
“Não me disse seu nome”
“Lúcia” Não sei por que menti.
“O meu é António. Tchau, Lúcia”.
“Tchau.” Dei o maior sorriso de que fui capaz, virei as costas e voltei para a minha mesa, esforçando-me para não tropeçar nas nuvens.
Sabem aquela coisa que eu disse sobre muitos interessantes e lindos serem gays e burros? Não é preciso levar tããããooo ao pé da letra. Sempre que possível, dê-lhes uma chance. No fundo, todos merecem ser levados para a cama, como eu fiz com o António naquela noite...
Em sonhos, é verdade!
Esta é uma história é completamente assexuada... De sexo não tem nada. Um momento zen diário...
As vezes desejamos que a vida desse mais voltas do que realmente dá as vezes até queríamos que as coisas mudassem mas continua tudo na mesma. E às vezes não queríamos e depois é nessas alturas que as coisas acontecem e normalmente a uma velocidade espantosa que nos surpreende.
Existem assuntos daqueles que normalmente nem se falam mas que é tanto mais notório quanto mais se aproxima a altura do natal. Família reunida conversa... E à coisas por de mais evidentes.
Cada um fechado na sua vidinha...O pessoal anda todo um bocado cansado e mal disposto e sempre que se lhes pergunta o que se passa, saltam sempre as lamentações sobre a falta de dinheiro, a falta de tempo e a falta de motivação e falta sempre qualquer coisa e essa coisa que falta justifica o olhar de carneiro mal morto que se fixa em nós à espera que a gente tenha assim a solução para todos os seus problemas na ponta da língua.
Fomos jantar ao japonês o que logo à partida me deixou logo assim descorçoada porque o raio é que esta gente tem tendência a embicar para estes sítios que na minha opinião de exótico não tem nada e de suspeito tem tudo...
Peixe cru ... Mas onde é que já se viu? Mas quando se é derrotado por unanimidade não à nada a fazer.
Também não me perguntem que ainda não encontrei uma resposta plausível. Mas a realidade é que quando vamos à casa de banho nós mulheres vamos sempre aos pares. E como não podia deixar de ser foi o que aconteceu, lá fomos as duas.
(Eu)- Mas foi grave?
(Ela)- O custume, auto stop e ..
(Eu) - E como soubeste?
(Ela)- Estava com ele, agora não tem documentos
(Eu)- É bem feita, quem sabe com isso abre a pestana
(Ela)- E pensas que ficou preocupado? nada , minimamente
(Eu) - E agora como é que fazes, quem é que te vai buscar há faculdade? Aquela hora não vens sozinha, ou vens..?
(Ela)- Isto foi na quarta feira e na quinta apanhei boleia com uma aluna
(Eu)- Isso não é sistema, como é que vais fazer, já pensas-te nisso?
(Ela)- Não... Nem falo com ele.
(Eu)- Não? mas ainda À pouco vocês...
(Ela)- O indispensavel quanto estamos com outras pessoas
As coisas que se passam e que a gente nem sonha nem desconfia!
Ou até desconfia e faz de contas que não vê..
Gostamos de sonhar com coisas grandiosas grandes paixões, amores românticos. Sonhar com o amor..
Todos nós sem excepção e por muito que se nega um dia sonhamos com o casamento. Ok podem dizer o contrário mas todos nós já o desejamos. Não sei se é importante ou não mas ainda hoje o casamento é sinónimo do culminar de um grande amor. Um dia sonhamos com o amor e acordamos casados..
E o amor é lindo...
Começamos por querer agradar ao outro, trocamos gargalhadas, pensamos na pessoa amada 24 horas por dia, suspiramos.. Queremos que o tempo passe rápido para estarmos juntos, trocamos ideias, planeamos o futuro.... E que futuro!
Os anos vão passando e manter uma relação a dois nem sempre é fácil... Porque como todos nós sabemos a paixão é passageira, não é? Tão passageira e fugas que o dia acaba... E depois o que é que resta... As vezes uma grande mão cheia de nada...
E é aqui que a "porca torce o rabo" que é o mesmo que dizer que é aqui que a coisa "toca mais fino"... Ou que existem a "separação das aguas.."
A vida é tramada e não é só facilidades, tá bem tá, era bom que assim fosse mas vão surgindo sempre obstáculos e para manter o casamento seguir em frente tem que ter uma grande dose de companheirismo, um pedaço de cumplicidade, uma grande amizade e amor muito amor e principalmente inteligência para ceder quando é preciso para saber ouvir ou para saber dizer não. Não quando chega a hora de perceber que não há volta a dar.
O tempo passa a relação fica monótona e desgasta-se e nenhum dos dois tem coragem ou vontade de para tentar melhorar ou seguir cada um o seu rumo.
Porque..? Pois eu não sei explicar ... Vergonha? preconceito ? Está provado que não resta mais nada..
Na vida tudo acaba, é ou não é? Então como é que se consegue manter um casamento de aparências e se vive nesta inércia quase indiferente?
O jantar lá decorria estranhamente com conversas cheias de metáforas...
Eu definitivamente não gosto de (sushi) não sabe a nada... É desenxabido.
Ora o problema destas belas metáforas é que ninguém provavelmente entenderá o que querem dizer só mesmo dois dos intervenientes que estão há mesa.
A única coisa que lhe consigo dizer é que a maior parte das vezes as pessoas sofrem por haver uma enorme falta de comunicação. Não culpo nenhum dos dois. As vezes acho que os homens não entendem as mulheres, nem elas a eles, e às tantas preferem nem tentar não fazem o mínimo esforço.
A gente preocupa-se com o trabalho e chateia que chegue, com os ordenados que parece que encolhem, com os filhos que nos ocupam o tempo e que nos carregam de angústias e de receios pelo seu futuro e depois sobra pouco tempo para pensarmos que nós também somos importantes e temos sentimentos e desejos e vontades!
(Eu)- Credo parece que estamos num velório... Eu sei que o comer não é lá aquelas coisas.. Mas foi escolha vossa e não leva ninguém as lágrimas, certo? Cruzes que desconsolo..
Mau...deixa-me estar calada porque existem trocas de olhares fulminantes.. matam mais que uma caçadeira de canos serrados..
Mas não resisto...
(Eu)- ai ai o amor é lindo, vocês não acham?
(Ele dela)- Minha cara quando um homem sente que só é bom porque paga as contas, e que a mulher "participa" no sexo apenas para cumprir calendário, então começa, também, a sentir que está ali a mais.
(Ela) -para dançar o tango são precisos dois, no sexo é igual. E tu ainda sabes o que isso é?
Eu sei que as vezes sou de uma sensibilidade... Uma subtileza arrepiante e não resisti...
(Eu )- Mas vocês já não...?
Ainda me dói a canela do chute que levei por baixo da mesa. Mas o "meu mais que tudo" esta vai pagar com juros... Ou lá se vai... !
E agora eu pergunto o que é que leva alguém a manter um casamento assim?
Existem casamentos de conveniência porque fica bem aos olhos dos outros?
Ora o que me espanta mais a mim é que o pessoal continua a arrastar-se como se amanhã não existisse mas, como se fosse um ritual.
E o amor? Por onde para o amor?
Já cá fora..
(Eu )- porque...? Tens o apoio de todos porque insistes nisto?
(Ela)- É o meu marido o pai da minha filha...
Se fosse assim tão simples dizer o que se passa pela cabeça das mulheres e quais são as suas mais secretas e íntimas vontades então éramos todos muito mais felizes e os casamentos duravam para sempre… Infelizmente cada caso é um caso e as mulheres são todas tão diferentes que cada uma é como se fosse um puzzle daqueles bem complicados que nunca se conseguem terminar.
Só me apetece dizer: Ai se fosse comigo..
Ontem alguém me dizia que tudo nesta vida se paga.
Registei, mas dei comigo a pensar nas “dívidas” que possivelmente alguém que amo incondicionalmente pode estar a contrair.
E pergunto-me, e, a quem as coisas não têm corrido da melhor maneira nos últimos tempos, será que a vida também compensa?"
Se me lembrar das palavras da minha mãe é possível que sim porque dizia ela : "não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe". Dou por mim a sorrir de contentamento, porque se isto for mesmo assim, então eu devo estar quase, quase a entrar na "fase positiva".
Mesmo assim ainda tenho dúvidas de que caminho seguir e para onde eu vou ou como fazer...
Neste meio tempo já pensei que era capaz de conquistar o mundo, tive sonhos que confesso não eram só meus, construi castelos no ar idealizei e na volta vai-se a ver parece que foi tudo em vão..
Não podemos sonhar pelos outros ou esperar que tenham os mesmos objectivos...
Mas também pensei que não deveria desistir e continuar a fazer valer o meu ponto de vista e os meus objectivos, mas acho que depois de tanto "nadar vou morrer na praia"
Claro que existe o quem espera desespera, e o quem espera sempre alcança, por isso não sei muito bem se devo acreditar nestes ditos populares.
A gente passa a vida a construir sonhos principalmente quando se tratados dos filhos, é ou não é?
Temos por eles um amor cego... Até sabemos os defeitos que tem mas amamos incondicionalmente...
Estamos sempre na linha da frente para o que der e vier...
Crescem, claro que crescem pois se até nós ficamos "velhos".. mas parece que são sempre meninos...
Um dia acordamos e não os conhecemos... Ou se os conhecemos reparamos que se transformaram em alguém que não é exactamente aquilo que idealizamos.
São adultos cheios de vontades ideias e sonhos completamente diferentes dos nossos. Morderninhos e com outros tantos valores que não são pripriamente os nossos.
Eu sei, eu sei que já passei pelo mesmo mas ora bolas não deixo de me sentir frustrada por sentir que tudo o que idealizamos foi por agua a baixo porque a pessoa em quem depositamos todas as expectativas onde jogamos todas as fixas simplesmente não tem os mesmos sonhos e objectivos que nós.
Eu sei que as vezes vejo as coisas só pelo lado negativo.. É verdade que não aconteceu nenhuma desgraça do tamanho do mundo (isola, isola, isola...), mas também é verdade que nada me corre bem ou como eu gostaria pelo menos do meu ponto de vista.
Como é que se diz a um filho desiludiste-me não era nada disto que eu esperava... (mas será que me desiludiu ou simplesmente tem coragem para fazer o que quer)
O que é que se responde perante um desabafo: lamento mãe se não sou o que tu sonhaste mas acontece que tenho vida própria e os meus sonhos.. Por favor deixa-me viver a minha vida !
Ai que saudades do tempo que tinha a certeza que estava na cama dele a dormir e eu me permitia passar por lá a aconchegar a roupa e dar-lhe um beijo do tempo que me pedia para lhe comprar uns ténis ou para ao acompanhar ao cinema... Saudades das conversas de adolescente...
O tempo passa... e se por um lado sinto um orgulho do tamanho do mundo por ter criado um ser humano bem formado independente consciente e com valores por outro lado não consigo deixar de me sentir frustrada por aos olhos dele a vida não ser como eu a vejo...
Podemos mudar muita coisa nesta vida mas nunca mudar a forma como os outros a vêem.
È verdade que existem muitas pessoas no mundo com problemas muito mais graves do que os meus mas como diz uma amiga minha "pimenta no olhos dos outros para mim é refresco". Estes são os meus problemas e é com estes que tenho que lidar.
Os nossos Filhos são como navios: não desapareceram no horizonte, apenas da nossa vista para viverem a vida deles..
Mas é difícil como o caraças... Ser mãe de um homem de vinte anos e uns trocos largos.
Ou será que sou eu que estou a ficar velha e conservadora?!Ou todas as mães são assim..
Basicamente o diálogo é das coisas mais importantes entre as pessoas. Já alguma vez pensaram o que pode originar a falta dele?
Imaginem como seria, vivermos num mundinho só nosso e fechados em nós próprios, sairmos de casa todas as manhãs incomunicáveis?
Não dar os bons dias a um vizinho não agradecer um gesto simpático ligar para os amigos para saber se esta tudo bem, não ser gentil com os outros, não perder 10 minutos que seja com os colegas do trabalho a rir de tudo e de nada... Era bem triste não existir dialogo entre as pessoas, não era? seja do que for...
Existem pessoas que gostam de falar de trabalho, de música de futebol de politica, viagens, roupas outros gostam mais de ambiente, religião, educação, cultura.... Temos liberdade de falar de tudo e de nada...de futilidades ou de necessidades o diálogo é importante nas nossas vidas. Ou seja podemos falar de tudo o que quiséramos da forma que quisermos somos livres ... É claro que a nossa liberdade termina quando interfere com a dos outros.
Mas existem aqueles que vão alem disso...frustrados, solitários, pessoas de mal com a vida e mal resolvidas. Porque..?Pois não sei, mas sei que existem.
A gente quando escreve gosta sempre de saber que alguém leu... E que serve para alguma coisa nem que seja para distrair uns segundos da puta de vida que todos nós levamos e que é demasiado curta para se estar a perder muito tempo com coisas demasiado sérias, tirando aquelas muito óbvias... Que facilmente nos tiram do sério todos os dias por muito que a gente não queira não há volta a dar... É por isso é que eu digo sempre : Que se AME muito.. Muito SEXO (mas com estilo) e muita GARGALHADA que ainda é do melhorzinho que a gente vai conseguindo fazer nesta vida. Porque um dia tudo acaba e a única coisa que levamos desta vida foi o prazer sentido:)
Existem tantas pessoas a escrever... (e bem) e sobre tudo... Amor, cultura, sexo e até culinária... Estes últimos crescem parecem cogumelos. Não que eu tenha nada contra muito pelo contrario até comecei um mais ou menos sobre o tema. Mas como sou inconstante e facilmente me canso das coisas foi ficando para trás... Porque aqui entre nós que ninguém nos ouve cozinhar cozinho eu todos os dias e não é pouco... E isto das receitas e mais ou menos como os perfumes embora mal comparado, tenho muitos mas embico sempre para o mesmo. Também compro muitos livros de receitas mas acabo por fazer sempre o que me lembro na altura, mas adiante...
Tantos blogues e tão bons e pergunto-me....Credo mas o que vem a ser? O que é que se passa aqui? Tinha eu aqui um blogue tão jeitoso para desabafar as minhas mágoas e agora apareceu alguem incomodado que resolveu tentar arruinar tudo com comentários despropositados. Mas que coisa! Ainda nem estou em mim de "enervada" que estou com este energúmeno que me quer estragar estes pequenos momentos de felicidade tão arduamente conquistados por esta mulher que não faz mal a ninguém com comentários foleiros. ( porque eu e continuado)
Mas que raio que esta gente tem sempre que se meter onde não é chamada
As coisas que se passam e que a gente nem sonha nem desconfia! Percebi que há por aí uma alminha que até gosta de vir aqui espreitar as baboseiras que vou debitando! E que acha por bem agredir-me gratuitamente... Raramente publico os comentários mas eles andam ai...
As coisas tem a importância que lhe queremos dar, lá isso é uma verdade de la Palisse e eu podia simplesmente ignorar e nem pensar nisso... Mas existem coisas que me intrigam e nunca fui avestruz para enterrar a cabeça na areia ...E uma vez tem graça as duas já é chalaça e se forem muitas perde a piada toda
Excelentíssima anónima/o que anda a despejar porcarias no meu blogue
Simpaticamente peço-lhe para que se mude já daqui para fora. Que se sinta frustrado ranzinza ou de mal com a vida isso não é da minha conta nem de ninguém. Só é da minha conta que se esteja a aproveitar aqui do meu espaço para despejar parvoíces que não tem nada a ver comigo nem com a minha vidinha .A menos que nos conheçamos, mas se for o caso faça o favor de o dizer..que a minha paciência em relação a si já se esgotou.
Se gosta tanto de fazer comentários arranje lá um local próprio para escrever essas tontices que tanto gosto parece ter em despejar aqui para o meu sítio.Faça lá uma coisa assim mais subtil..
O que não falta por ai são espaços coloridos com temas e nomes muito mais sugestivos do que o meu... Portanto arranje-se lá por um deles e tungas,deixe por lá essas coisecas que tanto gosta de escrever e pire-se que este blogue é meu e até é muito jeitoso e eu não o conheço de lado nenhum. Enquanto era só burrinho eu até relevava mas agora que é mal educado isto é um escândalo!
O que comenta aqui a mim sinceramente não me interessa nada e ponho a mão no lume por toda a gente que eu lê que a eles também não! Enfim, no lume se calha não ponho que a gente hoje em dia nunca sabe e só me faltava agora sair daqui queimada ou chamuscada.
Portanto meu amigo/o se procura emoções fortes está no sitio errado...
Há quem goste de dar e há quem goste de receber. Isto hoje em dia há gostos para tudo que nós iguais mesmo só em aparência ...que depois vai-se a ver lá no fundo somos todos tão diferentes que até chateia...que a mim até me espanta como raio conseguimos nós viver em amena sociedade!
Porque isto basicamente dialogar é das coisas mais importantes entre as pessoas, mas à que saber fazê-lo
Agradecida!
Descobri uma razão porque as pessoas não são felizes. Na verdade, descobri uma das razões. Provavelmente a mais verdadeira.
- Óbvio que descobris-te.
- Não! A sério! Descobri mesmo!
- Então, diz. ..Sei que de qualquer maneira me vais obrigar a ouvir.
- Queres um café?
- Quero.
- Bem, a teoria é simples. E bastante óbvia.
- Tenho a certeza que é. Inclusive tenho certeza que toda gente passa a ser feliz depois de a ouvir.
- Se as pessoas quiserem realmente ser felizes, certamente pensaram nisso!
- Ah! Mas que confiança!
- Então! Escuta.
- Estou a escutar há que tempos , mas tu não paras de dar voltas e voltas...Então e o café..?
-Tem calma, pode ser?
- Bem… vamos começar com uma coisa banal: Achas que as pessoas que se lamentam realmente se questionam?
-Pois..
- Tu própria, já deves ter sentido, mais de que uma vez..., vontade de atirares tudo para o alto, mandar tudo a merda e seguires outro caminho, fazeres coisas completamente diferentes, algo que realmente te faça acorda todas as manhãs com vontade de arregaçar as mangas, que te faça sentir o coração acelerado. Alguma coisa que faça a vida ficar menos bassa. Não?
- Ah, sei lá!
- Sei lá? Tu as vezes decepcionas-me...
- Está bem! Claro que já pensei nisso. Toda gente pensa!
- Exactamente! Toda a gente pensa! Toda! Sem excepção!
- Sim, e daí?
- Daí que, se todo gente pensa nisso, sem excepção, então porque é que ninguém nunca o faz?
- Desculpa, não é bem assim! Volta e meia as pessoas mudam, de casa, de carro e até de emprego procuram ocupações bem diferentes.
- Ai sim? Ou quando o fazem simplesmente arrependem em três tempos ou voltam a correr para a "comodidade" resignada para o que fazia antes,para esta vidinha classe média onde tudo é "perfeito" com o rabo entre as pernas!
- É. Acontece bastante.
- Sim, acontece. Mas por que é que as pessoas tem medo de largar tudo nem que seja por uns tempos e apostar o máximo que der em alguns poucos dias inesquecíveis? Mesmo sabendo que se o fizesse, esses dias seriam realmente maravilhosamente inesquecíveis?
- Mas nunca se tem a certeza disso...
- Claro que não. Mas ter quase certeza já seria o suficiente, dependendo daquilo que fosse se viver, não achas?
- Com mais um café eu certamente concordarei com tudo
- Já vou buscar.
-E o teu mais que tudo o que pensa disso?
- Também é um pseudo "burguês"que opta pelo conforto, mas ainda o faço mudar de ideias..
- Quando é que tu pensaste nisso tudo? Que que é que estavas a fazer?
- Não importa! A diante...acredito que a grande maioria das pessoas e não falo só das que conheço... Tem uma vida rotineira e totalmente entediante, em trabalhos que não as satisfazem intelectualmente nem lhe dá satisfação pessoal, uma vidinha programada até ao ultimo detalhe como se fossem marionetes de uma peça de teatro, vidas que não são metade ou absolutamente nada daquilo que elas queriam que fosse.
- Tens razão!
- Eu sei que tenho:)
-Mas todas gostavam de ter coragem de mandar tudo para o C**** e viver de outra maneira, mas intensamente. Mas nunca mudam...por alguma razão elas não são donas da própria vida, não são de verdade.. -Sabes qual é razão?
- Não. Qual é?
- Calma...já lá chegamos...! Para isso vamos pensar em outra característica interessante das pessoas hoje em dia.
- Está bem, está bem. Não tenho mesmo nada melhor para fazer.
-Não podes ouvir sossegada e quieta por um bocado!
- Tu devias ter estudado filosofia, isso sim.
- Ou sociologia...
- Ou isso.
- Arre! Ainda me fazes perder o fio à meada
- Que expressãozinha mais antiga!
- Está queda um bocado..
- Olha outra.
-Ok. Então é assim… hoje em dia temos poucas emoções reais nas nossa vida. Existe muito pouco risco, e muito medo de se arriscar, na realidade não queremos correr riscos. A coisa mais arriscada que se fazemos é gerir os nossos ordenados até ao fim do mês (já não é fácil) e sair a rua à noite... Podemos ser assaltados, e isso não chega a ser exactamente emocionante, concordas?
- As vezes pode ser.
- Pois, tu e as tuas pancadas
- Mas pode.
- Não sejas parva!
- Ok.
- As pessoas procuram emoções em pequenas coisas que lhes consiga dar adrenalina...em pequenas infracções, a escrever "escondidas" em alguns desportos mais radicais ou até a serem infiéis.
- Nunca tinha pensado nisso…
- Olha até os filmes...
-Essa agora, o que é que tem os filmes a ver com isto?
- É bastante simples. Quantas pessoas é que não procuram adrenalina e emoção nos filmes? Identificam, com vários personagens sem razão aparente e não é só com os heróis, nada disso As pessoas colocam-se naquelas histórias e deixam-se levar por elas, emocionam-se com aquilo que elas nem estão a viver.
- Está bem...
- E daí?
- As pessoas só se emocionar tanto com tudo porque as histórias têm um fim
- Interessante! Mas o que isso tem a ver com a tua teoria de felicidade?
- Tu és a mulher mais impaciente e lenta que eu conheço!
- Está bem, mas diz lá...
- Se tem um fim, acabam.... Se pensarmos em como a vida dos personagens seguiria perdia-se metade da emoção.
- Está a dizer que as pessoas acham a vida dos personagens melhores do que a deles e que vivem por eles?
- Tu és louca
- Eu tenho razão! E aí está a ligação com o que eu tinha falado antes!
- Onde?
- A resposta do porquê das pessoas não jogarem tudo para cima por um dia, uma semana, um mês de emoção absoluta.
- E qual é a resposta?
- Será possível que tu entendas??
- Estou com preguiça para pensar. Tu é que inventaste de me usar como ouvinte para as tuas teorias.
A resposta é que as pessoas não jogam tudo pró espaço porque não sobem o final da história... Estão acomodadas as velhas rotinas , as preocupaç~oes de sempre.Tem medo do desconhecido que não sabem o final de viverem aquelas emoções que as faça largar tudo.
-É ,Faz sentido!
- Eu não te disse...
- Acreditas tu própria nessa tua teoria?
- Claro que acredito.
- E jogar tudo para o alto...,quando?
-Há agora tenho que trabalhar!!