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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Existem outros.. Mas é um prazer, chegar a casa, depois de um dia de trabalho daqueles complicadíssimos, encher a banheira com água bem quente juntar um óleo relaxante e mergulhar naquele paraíso. Relaxar o corpo e deixar a agua fluir, de preferência com um cenário antecipadamente composto.. umas velas e um bom vinho, o banho pode ser tão rotineiro … mas é bom não é?
Mas parece que nem sempre foi assim..O banho já foi considerado um acto de luxúria e pecaminoso. A água tanto era tida como um bem essencial como um inimigo da saúde.
Pioneiros em muitas coisas os egípcios não deixaram de o ser nestas coisas da higiene. Passavam horas refasteladas em banhos refrescantes e perfumados. Pratica que foi seguida por muitos outros desde os romanos aos gregos. As tão conhecidas saunas. Diz-se até que a sauna era o local escolhido por estas civilizações para fazer negócios e definir estratégias politicas e sociais. (ao contrario dos nossos governantes que optam de certeza pelo wc dai saírem estas ideias de merda). A sauna era portanto um encontro de prazer e convívio social. (o que hoje também não deixa de ser, só muda o prazer..)
Ora como não há bela sem senão, e como não podia deixar de ser… idade media, reconquista crista .. e pumba lá se vai o bem bom. A sauna e os banhos foram conotados como locais de pecado e perversão pelo contacto dos corpos nus, estes cristãos eram loucos…
Mas como em terra de loucos quem tem olho é rei.. Neste caso quem tem dinheiro… os mais abonados, não tanto pela higiene porque aqui entre nos sempre foram uns grandes malandrecos.. Toca de construir casas de banho privadas e seguiam os princípios dos banhos romanos e nesses espaços organizavam grandes festanças com direito a massagens para os convidados( chamem-lhe burros vá lá..)
E como desde que o mundo é mundo existem os ricos e os pobres, os que tudo tem e o os outros… os mais humildes, limitavam-se a lavar as mãos e a cara. O rabiosque e as partes baixas , agua nem vê-la… portanto como devem imaginar , naqueles corpitos não deixavam de abundar muitos “visitantes” desde o piolho a outros que se reproduzem em partes mais baixas e dizem que são chatos como o caraças. Boinas chapéus e barretes , disfarçavam os de cima, já os de baixo sabe deus….
Também convínhamos que o banho não fazia muito sentido. Uma vez que a roupa era usada até estar completamente suja, dizem até que tinha um efeito esponja e absorvia a sujidade que o corpo não adquiria.
E para se assoarem.. lenços? Mas que lenços, alguém sabia o que era um lenço … para o mesmo efeito estava mesmo ali à mão os dedos os as mangas . A bem da verdade , nos tempo de chuva devia dar jeito. Afinal depois de secas as mangas deviam ficar com o efeito impermeável e completamente “teso”.
O fedor e a sujidade era tanta, que durante a época das Descobertas, os europeus eram conhecidos pela simpático alcunha “mal cheirosos” e porcos, vá se lá saber porque…
Já os homens da igreja, sempre muito bonzinhos e desprendidos das coisas terrenas, optavam pela sujidade para demonstrarem que não se preocupavam pelo corpo terreno e que dedicavam apenas os seus pensamentos a Deus.
Chegávamos portanto ao século XVII mas pouco se tinha evoluído em matéria de asseio. O banho continuava a ser desaconselhado, até porque a água quente dilatava os poros e deixava entrar todo o tipo de doenças. Portanto agua só molhar as mãos sacudi-las bem sacudidas e passar na cara, e olhem lá…
Mas pronto, lá lhes começou a chegar a “mostarda” ao nariz, que é o mesmo que dizer que também temos um dos sentidos que se chama olfacto, certo? O pivete era tanto que tinha que se combater de alguma forma.
Para sorte nossa (hoje) foi nessa época que a cosmética teve um avanço significativo. Sim porque os tais que tudo têm, os das classes mais favorecidas, para disfarçar o cheiro nauseabundo usam perfumes e talcos e muita maquilhagem. Até dizem as más línguas , sim não fui eu que eu cá não sou de intrigas… que o rei francês Luís XIV só tomou banho duas vezes na sua vida. quando nasceu e quando casou.
Porque isto de tomar banho estava fora de questão, não vá agua desgastar a pele e o corpito .. Felizmente para todas as narinas sensíveis em meados do século uma mente brilhante inventa o sabão à base de banha de porco. Mas desenganem-se os que pensam que era para tomar banho… nada disso, lavar o rosto e as mãos a roupa e olhem lá… sim porque até ali a roupa era apenas sacudida.
Aos poucos e poucos começaram a surgir então aqui e ali uns quantos manuais de higiene. E com eles foram surgindo vários produtos para melhorar tanto a condição da pele como do cabelo. Até que se instituiu os lavadouros públicos. Para evitar certas doenças que por cá habitavam por falta de higiene. Hoje é pratica corrente, e um habito enraizado, lavar as mãos várias vezes ao dia, antes e depois das refeições e as roupas devem ser lavadas regularmente. Háaaa e o banho são muito importantes. Embora me palpite que algumas pessoas ainda pensem que vive no tempo do (Luís XIV).
Não é por nada, mas principalmente de manhã é um pouco desagradável, não é?
E agora sejam sinceros…não vos apetecia encher a banheira com agua bem quente juntar um óleo de relaxante e mergulhar naquele paraíso. Relaxar o corpo e deixar a agua fluir, de preferência com um cenário antecipadamente composto.. Umas velas e um bom vinho, o banho pode ser tão rotineiro … mas é bom não é?
Eis que chego a casa e …
Uma casa vazia e silenciosa!
Hoje à noite cheguei a casa não tinha ninguém para dar ou receber, uma boa noite. Só as sombras roedoras dos meus passos neste espaço vazio ecoam na minha cabeça. O silêncio espera-me. É só uma casa vazia. Milhões de pensamentos encaixam-se no espaço de poucos segundos. Deixo os meus sorrisos em cada passagem, afinal não era isto que eu sempre quis? Deixo os sapatos no chão da entrada e a mala um pouco mais à frente. Encho a banheira de água quente e muitos sais. Pela primeira vez em anos sinto o prazer de deixar a roupa espalhada pelo chão enquanto me dispo e entro na banheira que está mais apetecível do que o sétimo (céu) e por muito pouco não adormeci. Visto um robe e prendo o cabelo e deixo as roupas para apanhar amanha. Vou fazer um café bem quente e fumar um cigarro. Vejo as estrelas a (cair) do parapeito da janela, parecem tão perto que sinto que as posso apanhar com a mão. Está um vento fresco e as cortinas parece soluçar de saudades. Não gosto desse clima de me sentir “sozinha” é estranho. Percebi que já não sei se gosto de estar sozinha, só que há coisas que prefiro nem pensar..
Sinto saudades não sei de quem nem porque… A casa parece triste.
(amanha já vou para cima) afinal ainda tenho muito que descobrir sobre mim!.
Boa noite!!