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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Coragem charme e romantismo...ponham os olhos neles, senhores... E inspirem-se!
São qualidades que fazem falta aos homens do nosso tempo, mas que as nossas figuras históricas tinham para dar e vender!
"Humor histórico"
Está bem que os tempos eram outros : mas há virtudes que ainda se podiam aproveitar. Procurando nas brumas da memória, os homens portugueses de hoje podiam ser....
Decididos como D.Afonso Henriques.
Prontos, não era marido que fizesse muito jeito em casa : praticamente só vinha ao castelo para fazer um infante, e sendo que D. Mafalda, que era “saboiana”não devia falar uma palavra de portugueses conversa também não devia ser intelectual. O primeiro worlaholic conhecido em terras lusas era dedicado ao seu trabalho e incansável no que toca a cortar cabeças aos mouros.
Lição a aprender:
Os portugueses que andam por ai curvadinhos e magricelas, que não tem um musculo em cima das costas, que passam a vida a queixar-se de dores nas perninhas nas costinhas, de enxaquecas e arranhões no dedo,” ai não posso comer isto que sou alérgico a alface” que apanham uma gripe e já tem febre amarela, deviam aprender a endireitar a espinhela botar a armadura nos costados, ferver o azeite (biológico) e ir-se aos mouros (no sentido figurado). Também não lhe ficava mal declararem independência da mãezinha. Também não é preciso chegar ao extremo de a por a ferros e exigir o reconhecimento do reino de Odivelas, mas homem que é homem é rei da sua própria alma.
Charmosos como Camões
Desculpem lá, mas se um homem só com um olho conseguiu tanta namorada, algum encanto deve ter... É verdade que segundo a lenda, preferiu salvar o livro a salvar uma mulher, mas também é verdade que devia ter sido a conclusão lógica: “ela mais ano menos ano vai desta para melhor, e o livro daqui a 500 anos ainda há-de dar cabo da cabeça aos miúdos”
De qualquer maneira, qual é o homem hoje que é viajado, interessado, culto, imaginativo, curioso e bom conversador?
Lição a aprender:
Como afirmou Raul Solnado, o mal dos portugueses é que todos querem ser Camões, mas ninguém quer ser zarolho. É verdade que não tinha um olho; mas perdeu-o por uma boa causa, batendo-se em duelo pela mulher da sua vida (pelo menos da sua vida na altura).É verdade que também não queríamos que eles andassem por ai a perder os olhos por nossa causa, mas podiam dizer-nos que éramos a mulher da vida deles, mesmo que já estivessem de olho em mais duas ou três Catarinas que não nós.
Ambientalistas como D.Dinis.
Ambientalista e versejador: que mais se pode querer? É verdade que não era o mais fiel dos maridos, que não era um grande apreciador de rosas mas nenhum homem que é homem é grande apreciador de flores, eles gostam é de plantas carnívoras da amazónia) e que era demasiado apreciador da marmelada conventual, mas não se põe ter tudo...
Lição a aprender:
Portugueses aprendam a fazer poesia como deve ser, ainda por cima, nós não somos exigentes, se nos aparecerem com um manjerico e uma quadra ao S.Antonio já ficamos todas satisfeitas. Também não exigimos que ponham a sachola ao ombro e vão plantar um pinhal em nossa honra, mas se se lembrarem de regar as plantas e não deitarem as beatas no vaso, e se reciclarem as garrafas de cerveja , não pedimos mais.
Românticos como D.Pedro.
É verdade que era um bocadinho dado à cabidela. É verdade que a maioria de nós preferia um namoro mais calmo, e também é verdade que, a sermos rainhas, referíamos sê-lo enquanto ainda estivéssemos vivas, de modo a apreciar melhor a sensação. Claro que não dava jeito nenhum ter um sogro do pior como D.Afonso IV ,que o melhor que arranjou para dar as boas vindas à nora foi “anda cá, deixa-me dar-te umas facadinhas por interpostos esfaqueados” Mas, enfim,não se pode dizer que D.Pedro não soubesse o que queria ou que ficasse à espera sentadinho a ver o que acontecia.
Lição a aprender:
Já que vão ser namorados/amantes/maridos/pretendentes, façam-no em termos: sejam impetuosos! Decididos! Lutem pelo que querem! Em vez de ficarem a babar-se em silêncio e a olhar para a mulher da vossa vida com ar de carneiro mal morto e escrever-lhes odes em segredo durante quatro anos, enquanto ela trabalha na secretaria ao lado da vossa, declarem-se! Homem que é homem já levou mais tampas que uma garrafa de agua reciclada.
Bons pais como D.João I
Foi dos poucos reis portugueses que foi fiel à mulher. Claro que o facto de D. Filipa ser inglesa também deve ter tido qualquer coisa a ver com o facto, dado que não é impunemente que se trai uma inglesa, mas fosse como fosse, deu um excelente pai.
Lição a aprender:
Em vez de andarem por ai a dizer que precisam de tempo para se decidirem e só aos 83 é que decidem ser pais, os homens portugueses podiam seguir o exemplo do nosso rei mais sensato e dedicarem-se a criar uma família que se possa apresentar a alguém. Duvida-se que D.João I mudasse as fraldas a D. Pedro e que se levantasse de noite para por a chupeta a D. Henrique, mas a verdade é que, hoje em dia, qual é o pai que se pode gabar de ter dado ao mundo uma inclita geração?
Corajosos como Bartolomeu Dias.
Atravessou o cabo da boa esperança(até ai conhecido pelo pouco animador nome cabo das tormentas) num barquinho casca de nóz,numa tempestade de morrer e com uma horda de marinheiros amotinados, todos a quererem voltar para casa. Palavras para quê? Já não se fazem homens assim.
Lição a aprender:
Claro que nem toda a gente nasce com estofo de herói. Muitas vezes conseguir levantar-se da cama, deixar as crianças na escola com os atacadores apertados e chegar mais ou menos intacto ao trabalho já é heroísmo suficiente. Mas também se podiam esforçar um bocadinho: agora que já todos os cabos das tormentas foram atravessados, ainda tem a boa esperança de acreditar que, qualquer dia, os homens portugueses sejam suficientemente corajosos para tomarem conta de um bebé, fazerem o jantar de vez em quando, lavarem a loiça se for preciso, e não pensarem neles próprios em primeiro lugar.
(Fonte:Activa)
C.F