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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Uma das coisas em que acredito é na igualdade e justiça.
Não por questões políticas. Por que me fique bem. Ou ainda porque educação religiosa, que sinceramente a mim não me diz nada.
Mas por respeito e por uma questão de valores e príncipios que acredito e tento seguir ao longo da minha vida. Respeito ao próximo porque somos todos iguais. A cor, raça, crença, orientação sexual. Não faz de ninguém melhor ou pior do que eu.
Os valores de igualdade, fraternidade e justiça aprendi-os de tenra idade, e, não importa a condição social em que estejamos inseridos, o respeito e a justiça são valores fundamentais que se aprendem no berço.
Eu sei que nem sempre é assim...Nem tudo é preto e branco e que existem outras nuances.
Sei que posso ser idealista, utópica e até ingénua. Mas acredito que um mundo mais justo não é feito por acaso. Depende de cada um de nós e do nosso modo de estar na vida.
Se pensarmos bem, sozinhos não vamos mudar o mundo, mas se pelo menos cada um fizer um bocadinho pode alterar e muito.
E ainda existem tantas pessoas que vão "bater com a mão no peito" e no dia-a-dia é só "venha a nós o vosso reino."
É estranho não é?
Eu fico literalmente F***
E ainda me revolto quando isso me acontece.
E também me espanta que os outros se espantem com as minhas convicções, e que me julguem uma ET quando o normal seria todos nós termos consciência disto.
Existem coisas tão óbvias que acho difícil que alguns não o consigam ver..
Para mim é obvio um filho chegar ao 12º ano e ter que ficar a repetir matemática, (ninguém a mandou ser calinas). E não pode ser diferente só porque a professora dele por acaso é minha prima.
Para mim é óbvio que o meu filho tenha ido a inspecção e ter pedido adiamento até concluir o curso como todos os outros. Não pode ser diferente de ninguém só porque o pai tinha a possibilidade de o livrar da tropa.
Para mim é óbvio chegar ao restaurante e esperar se as mesas tiverem todas reservadas. Não é diferente só porque o meu irmão é dono do restaurante.
Para mim é óbvio esperar pela minha vez (uma hora ou o que for no hospital). E poder ser diferente só porque o meu filho está de serviço nas urgências essa noite.
E parece que sou uma extra terrestre porque não utilizo favorzinho, cunhas, ou lá como lhe quiserem chamar..
E vem isto a propósito de que...
Ao ar pasmado de uma pessoa próxima que pensava que eu iria compactuar com uma "cunhazinha" só porque é da minha família. Ou seja é o mesmo que dizer que eu deveria dar uma "abebia"...
O que equivale a passar por cima dos outros.
Eu lamento muito mas nunca fui assim e não vou começar agora.
E quase que me apetece pedir desculpa. Mas não compreendo quando assim não é.
Pensei que era óbvio que se não o faço na minha própria casa não o faria a ninguém.
Fiquei surpreendida quando me apercebi que afinal para os outros não era assim tão óbvio ...
(encontramo-nos nestas férias e nem me falou...)
O que dá a esta gente direito de não respeitar o próximo? Porque é isso mesmo que nos torna diferentes, é o nosso respeito pelos outros.
A minha avó, uma velhota do mais castiço que havia, tinha uma frase fantástica que sempre me fazia rir.
"Favorzinho minha filha, fazia eu ao teu avô, e não era sempre, era só quando me apetecia"