Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Lucida!!

por R.Cheiros, em 21.05.08

 

 

 

 

Quem de nós nunca teve vontade uma vez por outra de gritar, um grito de alma e dizer basta...

Sim, tu que me estas a ler neste momento, nunca te passou pela cabeça mudar tudo??

Nesta sociedade sou mais um número, nada me destaca, contribuições em dia, voto, dever cívico cumprido, tenho casa, carro, família, sou correcta em todos os aspectos.

Na rua sou invisível, não me vês sou igual a toda a gente, nada me diferencia.

Uso o disfarce perfeito, roupas da Zara,Massimo Dutti Lanidor,de uma sociedade consumista e ambulante, igual a milhares de outras pessoas, onde ninguém me pedira justificação ..

Ninguém olha ninguém nos olhos.

Quero tirar o meu disfarce.

Eu sou muito mais do que isto que se vê ..., falta a minha alma, o sorriso, o meu amor, o meu ódio, o meu desprezo, o meu cérebro meu olhar, os meus sonhos..

Sonhos que dificilmente tu consegues ver. É isso que me torna livre, me afasta das tuas rédeas, que pôs o brilho nos meus olhos, que me torna única.

Sou muito mais do que tu queres, ou do que consta no meu BI, sem complexos, fronteiras, barreiras ou limites.

Sozinha no meio de tanta gente...

 


 

publicado às 10:01


15 comentários

De pingodemel a 21.05.2008

olá bom dia :)
...quem de vez em quando não lhe apetece gritar?...eu ás vezes no meu de algumas conversas que me estão a meter asco costumo dizer: "se me dão licença, agora vou ali gritar um bocado na minha almofada e já venho"...claro que não vou, mas ás vezes apetece-me mesmo ir...
...gosto como abordas o tema disfarce, esse que usamos no dia a dia, que nos faz igual a todas as outras...
beijinhos

De R.Cheiros a 22.05.2008

Olá Mel
Gritar no meu caso lava-me a alma e quando digo grita e mesmo gritar faço isso muitas vezes quando alguém me irrita… se as paredes do meu escritório falassem.. O que me vale é que estou sozinha.
A verdade é que somos todos muito iguais vestimos igual (segue-se modas) acabamos por utilizar as mesmas palavras e ter as mesmas atitudes, enfim somos animais imitadores de modas impostas pela sociedade.
Obrigado por gostares
beijoca

De Subjectividades a 21.05.2008

Quase me apetece dizer o melhor post que fizeste até hoje!
Sabes amiga, não me deu vontade de gritar, eu sou mais de engolir o grito ( e tenho engolido muitos) mas tanto que eu me revi neste post!!!
Muitas vezes também ninguém nos olha nos olhos porque a gente não deixa. Eu mudei e mudei muito mas ainda tenho muito medo de me deixar ver...é aquilo que eu outro dia te disse, a gente vive e convive com tanta gente e que sabe ela de nós?
De qualquer das maneiras eu hoje sou mais um rosto na multidão mas sou segura, sei o que sou, o que quero e o que consigo portanto, já não grito!

Hoje que até estou bem disposta, danada para a brincadeira, já me fartei de pregar partidas, vens-me com um post destes profundos!
Mas adorei amiga!

De R.Cheiros a 22.05.2008

Ora ainda bem que a minha amiga gostou
Não é profundo coisa nenhuma é uma constatação, eu acho que a vida quotidiana é assim.
Eu grito sabes , grito, choro ,esperneio e até falo alto e digo palavrões..
Sinto-me muitas vezes invisível mas reconheço que em alguns momentos dou por mim a responder a outras pessoas como se seguisse uma tabela de respostas automáticas que serve para todos.
O grave é que se está a perder sentimentos espírito de entreajuda e muitas vezes como dizes e bem não olhamos os outros nos olhos nem deixamos que vejam os nossos..
Já me senti invisível muitas vezes.. até por quem está ao meu lado.. nesses momentos parto para o grito de choque: atitudes ..:))
Beijocas

De semifrio a 21.05.2008

Somos todas marionetes do mesmo teatro que é a vida. Uns tem papéis principais com mais visibilidade outros são meros actores secundários...
Vida corrida onde não se perde tempo a olhar olhos nos olhos
Muito bom
Beijo espirituoso

De R.Cheiros a 22.05.2008

Claro que somos!
Mas no enorme palco que é a vida temos que ser nos a querer ser a “estrela” se nos contentamos com o papel secundário acomodamo-nos e vemos a vida passar..
É uma falha não nos olharmos nos olhos, um olhar pode dizer mais do que mil palavras.
Beijo

De João Cordeiro a 21.05.2008

Li e reli este teu post... e revolvi a parca massa cinzenta que possuo para te responder em uníssono. O que nos faz afinal pegar na caneta e diluirmo-nos nas palavras que saem de nós?
O que é este parir de emoções que fluem descontroladas, sílaba após sílaba, numa flagelação da alma que, em momentos, faz a tinta diluir-se no lago da lágrima?
Paro um momento e olho para as frases anteriores e rio da minha própria presunção. Tinta?
No máximo avario o teclado com o carpir químico. Afinal a escrita é dificilmente o momento solitário e romântico de outrora, a mão trémula, o cobertor sobre as costas pelejando contra o frio, a vela...isso foi-se, tudo se foi excepto a solidão. Essa persiste, cabra amante de artistas e suicidas.
Um dia destes na auto-estrada ouvi na rádio a voz do Pedro Paixão dizer que a literatura era coisa do Século XIX, que hoje escreve "polaróides", captura momentos... Senti inicialmente uma profunda decepção, o ídolo que trai. Desliguei o rádio com um gesto brusco e deixei que os pensamentos fluíssem na lentidão rodoviária.
Contudo reflecti e tens razão no que disseste sobre as "polaróides", os "clips, os "tubes" ou lá o que lhe queiras chamar.
Tudo tem que ser breve nos tempos sem tempo.
E como o tempo está a esgotar o tempo, é imperativo que escreva para que algo perdure e vença a falta do tempo.
Afinal que rapariga nunca teve um sutiã adornado, um primo meio tarado ou um amigo abichanado?
Que mulher nunca quis pular e dançar até cair? Cantar, gritar e rir, sonhar e sonhar até dormir?
Qual a gaja que não sofre para ter a perna depilada, uma unha arranjada ou para trabalhar menstruada?
Que senhora nunca comeu uma caixa de bombons, por ansiedade, uma alface no almoço por vaidade ou um otário por saudade?
Que menina nunca apertou o pé no sapato para caber, a barriga para emagrecer ou o telemóvel para não o perder?
Que mulher nunca jurou que não estava ao telefone, que não pensa em silicone ou que dele não lembra nem o nome?
Não possua o domínio de ti, de mim nem de ninguém...
Porque me vejo assim num mercado popular, cheio de mulheres a apregoar aquilo que desejam, e que não têm em casa. A gravata 'Tie Rack' incomoda-me, porque aperta, e eu não sou homem de contingências.
Antes de liberdades.
Gosto mesmo de quem está a vender os gladíolos. Homem solto, que enleia dois cabelos maiores do peito, com a malha grossa do cordão de ouro. Presumo que seja o menino da mamã. Ouro de lei...assim tão grosso.....só de procriadora para procriado.
Enlear é, de resto, o meu verbo preferido.
Prometo, continuar a lutar para enlaçar o maldito relógio do tempo, e agora que os dois indicadores deformados estão a cessar esta reflexão, urge despachar porque não quero perder a sessão da nossa grande solidão.

Um beijo


Com os melhores cumprimentos

João Cordeiro

De R.Cheiros a 23.05.2008

Meu querido João
Gosto sempre dos teus comentários pela tu divagação e depois consegues voltar a juntar as pontas e parece que tudo encaixa.
Leste e releste..
Ena parece que este post mexeu com muita gente nem sei porque até me fez receber e-mails:)
O que nos faz pegar na caneta e diluirmo-nos nas palavras podem ser milhentos motivos, eu sei os meus os dos outros não faço a mínima ideia.

Afinal que rapariga nunca teve um sutiã adornado, um primo meio tarado ou um amigo abichanado?
Quando rapariga tive isso tudo o que gostava mais era do sutiã adornado:)

Que mulher nunca quis pular e dançar até cair? Cantar, gritar e rir, sonhar e sonhar até dormir?
Todas claro, mas eu faço isso muitas vezes, onde é que está a duvida?

Qual a gaja que não sofre para ter a perna depilada, uma unha arranjada ou para trabalhar menstruada?
Depende da gaja não te parece?? sofrer por não ter a perna depilada essa não lembra ao diabo:)

Que senhora nunca comeu uma caixa de bombons, por ansiedade, uma alface no almoço por vaidade ou um otário por saudade?
Eu, eu nunca comi uma caixa de bombons porque não gosto de chocolate, nem só uma folha de alface porque não sou grilo e ia morrer de fome, um otário por saudade??? se é otário nem oferecido.

Que menina nunca apertou o pé no sapato para caber, a barriga para emagrecer ou o telemóvel para não o perder?
O sapato apertado faz joanetes a barriga convêm exercita-la o telemóvel custa dinheiro não vale a pena perde-lo.

Que mulher nunca jurou que não estava ao telefone, que não pensa em silicone ou que dele não lembra nem o nome?
Passo a vida ao telefone não nego faz parte do meu trabalho, silicone o ultimo em que pensei foi em bisnaga para por numa fresta da varanda que me parece começa a deixar entrar agua.

Não possua o domínio de ti, de mim nem de ninguém...
De mim não de certeza lol

Porque me vejo assim num mercado popular, cheio de mulheres a apregoar aquilo que desejam, e que não têm em casa. A gravata 'Tie Rack' incomoda-me, porque aperta, e eu não sou homem de contingências.
Vamos lá dividir isso irmana mente pode ser? Apregoam elas e eles ..

Beijocas

De Anónimo a 21.05.2008

Comentário apagado.

De R.Cheiros a 22.05.2008

Olá Divine
A essência das pessoas não é tão diferente uma das outras como se pensa..
Poderia ser tu claro que podias porque com certeza também te sentes assim muitas vezes.
Mais vencidos que vencedores mas temos que tentar dar a volta ao “jogo” antes quebrar que torcer e desistir nunca.
Beijo

De Just Moments a 21.05.2008

Olá Amiga RAinha!!

Hoje apetece-me fazer tudo isso..apetece-me gritar..apetece-me tirar a mascara e deixar tudo para traz..
Quantas vezes nos sentimos invisíveis, principalmente pela aquela pessoa especial??
tenho uma frase que gosto muito : "Sou aquela que passa e ninguém vê"

Adorei o teu post..e por hoje fico por aqui..

Beijinhos doces e um belo feriado

De R.Cheiros a 22.05.2008

Olá princesa
Então grita menina, grita ,chora, esperneia mas não fiques passiva isso é o pior que podemos fazer.
Grande verdade também me sinto invisível muitas vezes e algumas por quem está ao meu lado… nessas alturas grito baixinho, mas sei que sou ouvida porque troco o grito por alguma atitude…
Obrigada por gostares
Uma beijoca

De Infiel a 22.05.2008


eu vivo numa aldeia e trabalho numa vilda
meios pequenos onde todos se conhecem, por vezes sinto-me um papa com a mão a acenar hehe

mas se vou á cidade , misturo-me com a multidão e observo, os seus rostos, a indiferênça e só la vou quando sou obrigada a fazê-lo

ha uns anos estava em Freiburg na Alemanha, e uma mulher escorregou e caiu
estava visivelmente gravida e ninguem a ajudou a erguer-se
chocou-me muito
estava com uma amiga e, ambas corremos para a senhora e ajudamo-la
voltamos a casa, estavamos com uns amigos meus, alemães e comentamos o assunto, indignadas,
a resposta deles foi:
" se a senhora se tivesse magoado, poderia acusar a quem a tinha ajudado e culpa-lo por não a ter erguido da melhor maneira!"

- nunca esqueci esta mentalidade e o egoismo de quem vive nas cidades

- relativo a gritar: eu grito
em plenos pulmões e canto e danço sempre que me apetece e necessito e... sabe muito bem, equilibra a minha mente e sinto-me viva e livre

De R.Cheiros a 22.05.2008

Eu sei que a inveja é um sentimento horrível mas nem imaginas como te invejo porque tens a possibilidade de viver numa aldeia que imagino seja um sítio calmo e onde consegues respirar ar puro e quem sabe ver as noites estreladas e ouvir os grilos etc etc.
Eu sempre que a minha vida me permite também gosto de passar uns dias na minha aldeia ( agora ate lá tenho os meus pais a viver) mas para viver ainda não posso…
Sou da zona da Lousã uma aldeia pequena com dois habitantes perdida no meio da serra.
Essa mentalidade de que falas é típica de vários países da Europa e não só.
Por uma coisa que nos poder parecer mínima como ajudar alguém podes levar com um processo de alguma companhia de seguros em cima que pode ser uma carga de trabalhos.
E grito refilo danço e ate choro muitas vezes mas normalmente de raiva alivia-me um bocado.

(- relativo a gritar: eu grito
em plenos pulmões e canto e danço sempre que me apetece e necessito e... sabe muito bem, equilibra a minha mente e sinto-me viva e livre)

E se a mente não está sã como pode estar o resto não é?
Obrigada por ires comentando, gosto de te ver por cá

Beijoca

De estreladosul a 23.05.2008

Amiguinha, focaste tres situaçoes. Gritar? Concerteza k ja me apeteceu gritar muitas vezes. Atirar paredes abaixo com a cabeça. Quem nunca o sentiu? Quanto a situaçao de passar despercebido, ou fazer a diferença. Na multidao, desejo sempre passar despercebido. Na familia, ou seja com os filhos, faço sempre a diferença. Tenho k fazer, pois eles chegam-se a mim com perguntas, dúvidas, pensamentos mal alinhavados. Tenho k fazer a diferença e encaminha-los. Na 3ª situaçao, somos sempre a diferença. Como seriamos amados e amarmos, se nao fizessemos a diferença, ou a pessoa amada nao fizesse a diferença para nos? O problema é quando nos começamos a tornar iguais aos olhos de quem amamos e de quem depende de notar essa diferença nos nossos olhos. Estarei errado, estarei certo? Não sei. Mas penso assim.

Olá...
Um verdadeiro amigo,
nunca invade a nossa vida
Simplesmente conquista
Obrigado pela sua amizade.
Beijos

Uma optima semana

Abraço amigo

Mario Rodrigues

De R.Cheiros a 30.05.2008

Olá Mário

Antes tarde do que nunca... Como diz o outro a resposta tarda mas não falha:)

És sempre simpático e bem-vindo
Um beijo

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog

Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2008
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D