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A vida sem CHEIROS não tem cor nem amor...;)
Este blogue não é elitista e existem coisas que não posso deixar passar..
Coisas que nos perseguem sem que façamos nada para isso.
Como já disse aqui algumas vezes sou de uma aldeia serrana (linda de morrer) e como todas as aldeias tem as festas de arraial feitas no verão.
Conheci este personagem este ano numa dessas festas. “Leonel Nunes” ouvi dizer que é na “onda” Qim Barreiros mas num estilo mais alternativo.
O que é verdade é que desde que ouvi o raio da música parece que se colou ao ouvido e dou por mim a trautear uma serie de vegetais que fazem parte do refrão.
Ora como o meu blogue é um “ramo de cheiros” e a música fala de nabos, feijão e grelos até combina.
Aqui está o maldito refrão para os apreciadores de “boa” música portuguesa
E porque a couve tem talo
E o bacalhau tem rabo
Se o feijão verde tem fio
Porque não tem talo o nabo?
Se a banana tem cacho
Toda a uva tem que tê-lo
Já pensei muitas vezes
Porque não tem talo o grelo?
Imperdível , ouvir "aqui"não se vão arrepender.
Não me culpem se o refrão se vos colar ao ouvido, ok:)
Quantos de nós, já ouvir dizer: “Isto no meu tempo não era assim”?
Eu já ouvi algumas vezes e até vejo que é verdade.
Aprendemos tanta coisa na vida algumas até sem grande significado e outras tão importantes deixam-nos perdidos completamente há nora, pelo menos a mim.
Estou a tentar aprender a ter “filhos crescidos” e olhem que não é fácil. Não existem manuais, mapas ou enciclopédias com uma táctica certeira.
Somos bombardeados todos os dias por e-mails.
Alguns de fazer chorar as pedras da calçada de tão lamechas quase todos com histórias de vida que poderiam ser exemplos a seguir.
(Sobre os filhos existem N deles.)
Filhos…:
Lindos e criativos, textos. Dignos de se publicar em colunas dos jornais ou prefaciar livros de grande sucesso.
Texto uns mais originais do que outros. Palavras e mais palavras, que, falam invariavelmente de sentimentos conhecidos por todos nós e muitas vezes repetidos há exaustão.
Lemos e choramos, ou engolimos as lágrimas, esprememos a garganta e até sentimos um aperto no coração… Um drama pegado.
Invariavelmente falam de “filhos pequenos” e tudo exemplos a seguir antes que os filhos cresçam.
Alguns dão-nos vontade de sair a correr e atirarmo-nos nos braços dos filhos a pedir perdão, antes que eles cresçam.
Mas “Antes que eles cresçam” para mim já não serve: os meus filhos já cresceram. Portanto, não posso mais seguir tão sábios conselhos, chegaram tarde demais.
Ou são os filhos que crescem depressa demais???
Tanto manual, tanto livro de instruções e tanta gente a escrever, será que nenhuma alminha se lembrou de escrever: como se aprende a ver os filhos crescer?
Não podiam ter inventado estes tipos de e-mail há mais tempo? E de preferência a falar de “filhos crescidos”?
O meu filho cresceu! Tem 26 anos e ela 23. (ela amo-a como filha, filha do coração) Grandes mesmo, bem maiores do que eu.
Cresceram e eu não notei. Fizeram escolhas e eu não me apercebi… e não sei muito bem como lidar com isso.
A falta do beijo na bochecha e as brincadeiras antes de adormecer. Falta de os ver dormir...
Quando eu entrava no quarto devagarinho e tacteava no escuro há procura do edredão no chão para os cobrir.
Até do irritante grito: "mãeeee traz-me agua ou não consigo dormir "Me faz falta.
O sair do quarto pé ante pé com alivio por os saber em segurança.
Cresceram, e ninguém me ensinou a ter "filhos crescidos".
Estão a fazer escolhas, escolhas difíceis que vão exigir muito esforço da parte deles, apesar de ter feito exactamente igual um dia e não me arrepender de nenhum dos rumos.
Escolhas que não sei se são as acertadas, mas são as escolhas deles, os sonhos deles.
E eu descobri que posso ter os meus sonhos e expectativas em relação a eles mas nunca sonhar por eles.
Cresceram, já não os acompanho ás festas da escola, já não os levo ao cinema, já não viajam comigo.
Já não dou palpites sobre o que vestem, sobre o que devem comer sobre os livros que devem ler ou os horários de irem para a cama, (para mim esta parte é terrível). Mais ainda posso dar-lhes carinho e receber.
Tenho que aprender a ter "filhos crescidos". Tenho que aprender a perceber que não os posso ter sempre por perto. Mas não posso desaprender a ser mãe e deixar de amá-los.
Porque preocupação, cuidados, conselhos, afagos, são as maneiras de mostrar que os amamos.
Nem mesmo a mãe mais errada do mundo será tão culpada se o que quer que tenha feito tenha sido por amor aos filhos. Esse amor não tem tamanho, cor, nem distância, ou idade. Não se explica, não é para entender . Eu não sei explicar o que é o amor de mãe. Nem o sabor de um abraço de um filho.
Não existem palavras em nenhuma língua humana capaz de contar o que é amor de mãe.
Não é porque não há como explicá-lo que ele vai diminuir depois que os filhos crescerem.
Porque mães não deixam de ser mães – ou pais – apenas porque os filhos crescem.
Creio que a diferença de sermos mães de "filhos crescidos" é que a casa esvazia-se, a saudade instala-se e não há canto onde não encontremos o frio da ausência, o eco de um previsivel adeus.
(Nostalgica … )
Há dias em conversa com um amigo que teve conhecimento desta minha “brincadeira” de escrever o blogue disse-me: Escreves com uma visão muito feminina. Talvez…!Mas que coisa se eu sou mulher…
Hoje como mulher apetece-me escrever a minha “visão” da “vida” e do amor depois dos 40.
Existem fases da nossa vida em que nos sentimos muito bem na nossa “pele” que nos achamos bonitas e sobretudo que sentimos que a idade (embora muito gente pense o contrario) só nos fez bem e nos acrescenta mais “beleza”
Os anos passam por nós, ganhamos umas coisas e perdemos outras, aprendemos a dar valor só ao que realmente importa tornamo-nos mais selectivos mais tolerantes mas também mais individualistas. Aprendemos a gostar muito mais de nós próprias e a aceitarmo-nos com todos os nossos “defeitos” aprendemos a valorizarmo-nos e a valorizar o tempo e o espaço.
Aprendemos que velhos são os trapos e que a idade traz-nos muito mais de que uma rugazita aqui ou ali..
Salvo raras excepções já não precisamos de nos matar horas a fio no ginásio para conseguir um corpo “perfeito” porque já descobrimos que um corpo por si só é pouco mais de nada.
Descobrimos que só nos valorizando e gostando de nós podemos ser gostadas.
E amamos que se farta..
Uma coisa que me faz rir é quando inocentes criaturas na casa dos vintes e até dos trinta se julgam no auge da arte de amar.
Namorar ou amar não tem limite de idade. E a idade traz-nos muito mais cumplicidade.
Namorar depois dos quarenta só vos digo que é imensamente saboroso e tem mais ternura no olhar.
O sexo é mais intenso não existem pressas preocupamo-nos mais com os “pormenores”.. (eu já tive vinte anos, portanto ..) A diferença é visível.
O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte.
A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas pessoas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de amar.
o amor já percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas...
Já errou, já acertou, já deslizou, já se arrependeu e inevitavelmente o tempo foi passando .
Hoje, esse olhar em direcção ao amor continua lindo e mais límpido. Talvez sejamos mais realistas porque já sabemos que príncipe encantado só existiu um e esse casou com a Cinderela.
A idade é uma caminhada de vida e sentimentos, aprendemos a somar, a dividir e a multiplicar, sem de diminuir no conhecimento do sentimento do amor.
Nunca é tarde para descobrir o amor independentemente da idade. Algumas vezes chega de mansinho e entra na nossa vida, sem dar tempo para pensar ..
As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes, afinidades algumas atenções são os alimentos para criar um “grande amor”
É óptimo quando conseguimos fazer o caminho a dois.
Anos de convivência onde aprendemos a partilhar, a entender os silêncios a chorar juntos a zangarmo-nos mas principalmente aprendemos a fazer as pazes. (é sempre a parte melhor)
Depois de alguns anos a partilhar a vida com o companheiro que escolhi descobri que o amor é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos de um tempo que não volta mais.
Viver a dois é uma lição por dia… É manter a chama acesa é manter o desejo é o carinho espontâneo são os beijos atrevidos e experientes, são insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar de que em todo amanhecer, será mais um dia para aprende a conviver com o companheiro que escolhemos.
Não digo que a vida começa depois dos quarenta mas é imensamente saborosa lá isso é.
Para acabar de vez com aquela antiga mania que as mulheres cultivavam de esconder a idade.
Esconder para que? Nós já chegamos e os outros chegaram ou não....
(visão feminina, minha claro..)
Digam lá que o amor não é lindo…
Hoje quero dizer que te amo.
Sei que nunca te passaria pela cabeça vir ler “isto “mas apetece-me partilhar o meu “estado” de alma.
Dizer obrigado pela semana fantástica
"Tudo que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível."
Que “eras” és a felicidade que eu” tinha” tenho em mãos e por vezes me esqueço
Hoje ao fim de 27 anos apetece-me dizer que ainda me fazes corar que ainda me surpreendes.
Ainda estou apaixonada!
A maior felicidade é a certeza de sermos amados apesar de ser como somos."
Esta musica se a pudesses ouvir agora de certeza que também lembraria a (....) semana… .
Amem muito é o melhor que se leva desta vida
"Quem trai mais? O homem ou a mulher?".
As mulheres, é lógico, são categóricas em afirmar que, embora muitas também costumem trair, essa é uma característica inerente ao sexo masculino.
Os homens, por outro lado, contestaram veementemente a opinião das mulheres.
Para eles, actualmente há um empate, vamos dizer... Técnico.
Eles defenderam que as mulheres traem os seus parceiros na mesma proporção em que os homens o fazem.
Afinal, quem trai mais: o homem ou a mulher?
Se a pergunta for feita a uma mulher, será natural que ela responda que o sexo masculino é campeão no quesito.
A verdade é que o desejo de trair aparece tanto em homens, quanto em mulheres.
Bom...
Culturalmente aprendemos que aos indivíduos do sexo masculino é normal ter quantas parceiras puder e/ou quiser. ( afinal é homem é sinal de masculinidade e virilidade)
Coisa que não é permitida ou ficava muito mal a nós mulheres. Mesmo nos dias de hoje quer se acredite ou não ainda vigora a ancestral regra de que estas devem "pertencer" a um só homem. (Caso contrario era uma ordinária sem vergonha ..)
Coisas que custam a mudar são mentalidades..
Os homens podem ter várias razões para trair....
Uma delas, e talvez a mais forte, é sem dúvida a questão cultural, fica bem o macho dominante .
Outra hipótese, seria o medo característico de se deixar dominar por um sentimento e consequentemente por a parceira. Dividindo o afecto e o corpo com outras mulheres, eles pensam que não se deixam "dominar" por nenhuma delas.
Há quem diga também que seja uma questão física. A anatomia do corpo masculino é bem diferente da anatomia do corpo feminino e, então, nem sempre a cabeça de cima manda na de baixo.
.Já no caso das mulheres, eu acho ,que na maioria das vezes, ou ela trai o seu parceiro por vingança – quando foi vítima de uma traição, ou porque não se sente suficientemente amada.
(Que se diga de passagem é a maior idiotice)
Elas até admitem que o seu parceiro não seja o melhor dos amantes, mas quando se sente desrespeitada, mal amada ou humilhada, fica fragilizada o suficiente para cair em tentação e sucumbir a um outro que se proponha a lhe ofertar o mínimo de carinho e atenção.
Não vou ser mais papista que o papa a ponto de dizer que esses são os únicos motivos pelo qual uma mulher trai.
O mundo mudou e com ele tudo o mais – inclusive a cabeça das mulheres. Já há aquelas que pensam da mesma maneira e assim, também nesse campo, agem como eles.
Antigamente as mulheres eram 'submissas', por isso os homens traíam mais. Hoje em dia, com tantas conquistas e a sonhada independência, acho que acontece um empate.
Mas continuo a achar que os homens traem mais. Dizem que a carne é fraca, mas a verdade é que as mulheres, hoje em dia, colaboram... Elas apelam mais nas roupas e nas investidas. Elas jogam com a aparência e o corpo!
A mulher só trai se estiver insatisfeita com o parceiro. Já o homem, mesmo satisfeito, não pode ver um rabo de saia que já começa a investir... Pobre de nós, cheias de ilusão sonhando com o príncipe encantado."
Quem ama de verdade e valoriza e respeita o companheiro seja homem ou mulher.
Existem várias formas de traição e sem hipocrisia alguém consegue dizer que nunca traio?
Não será a traição uma falta de respeito?
Dizem que com os anos vamos perdendo a inocência
Será....?
Ainda é bom guardar com carinho as coisas que acontecerem, coisas que já vivemos na adolescência.
Era a chamada a idade da inocência.
A idade dos amores e dos desamores. A idade em que ouvimos uma música e o nosso coração palpita só de pensar no nosso colega de escola. Aquele mesmo.... Com quem perdemos horas a conversar ou só a vê-lo jogar futebol. Que era bonito de qualquer forma.
Chamam-lhe a idade da inocência.
A idade em que acreditamos que os nossos pais se juntaram para viverem juntos até serem muito velhinhos. Como os nossos avós.
Chamam-lhe a idade da inocência.
A idade em que brincamos às casinhas com as bonecas e assim começamos a imaginar o nosso futuro. E sonhamos com muita força. Com muita vontade de realizar 1001 sonhos onde nunca vemos tristezas.
Chamam-lhe a idade da inocência.
Quando pensamos no casamento com a noiva com um grande véu. É a idade em que vemos os filmes de amor e acreditamos piamente que podemos ser assim.
E hoje….
Quando a idade da inocência já vai lá bem longe eu continuo a acreditar
Homens que agridem mulheres... Homens que atacam prostitutas, que perseguem travestis... O que leva um homem a cometer coisas tão deploráveis? Diversos factores podem estar envolvidos. Mas, dentre todos, há um factor mais profundo que todos, mais antigo...
É o medo da mulher.
Instintivamente todo homem teme a mulher. É claro que a maioria dos homens, se questionado, certamente negará, ou leva a coisa para o lado da piada jocosa ou se irritando com o que ele pensa ser um questionamento de sua masculinidade, oh, a sagrada masculinidade.
Calma, meu amigo macho.
Esse medo não tem necessariamente nada a ver com homossexualidade. Trata-se do velho temor do feminino, um sentimento arquetípico, que sempre fez parte de nossa psique, tão natural quanto o desejo sexual que sentimos pela mulher.
Esse medo existe, sim, e se não o reconhecemos, o danado nos acompanha vida afora, se reflectindo em nossa relação com as mulheres. Pior que isso: o medo do feminino faz surgir religiões e sociedades machistas, que reprimem violentamente as mulheres, negando-lhes direitos básicos, tornando-as propriedade dos homens e até mesmo queimando-as em fogueiras.
Mas... por que esse temor?
A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará. É o mistério sagrado da própria vida.
É através do corpo feminino que a vida se concretiza no plano físico.
A mulher é a Natureza humanamente representada em suas curvas, saliências e reentrâncias: ela é o rio sinuoso que hipnotiza o olhar, montes que graciosamente se elevam da superfície, cavernas escuras que guardam segredos...
É feita de ciclos a mulher, renovando-se a cada lua para em seguida oferecer-se novamente fértil e receptiva. Como não temer algo que tem o poder de gerar e nutrir a vida?
E, caramba, como não temer um bicho que sangra durante dias e não morre?
É bem antigo o medo da mulher. Milhões de anos atrás percebemos que viemos todos de dentro dela - e até hoje isso nos maravilha e assusta. Percebemos também que ela se comporta como a Natureza em suas estações, alternando ciclos, e isso nos fez entender que o masculino é Sol enquanto o feminino é Lua.
Se aquele é o mesmo todos os dias, esta não cansa nunca de se experimentar em sua natureza mutante. Se elas são naturalmente iniciadas pela vida, eles não, eles precisam inventar iniciações.
Ao menstruar, a mulher está a repetir, mesmo sem consciência disso, seu íntimo ritual sagrado de fertilidade. Isso tem o poder de conectá-la com a sabedoria instintiva de seu corpo e com os ciclos naturais do planeta.
O sangue é o fluxo da vida, que vem da caverna escura, lá onde se guarda o feminino misterioso e profundo. E são poucos, bem poucos, os homens que têm coragem de ir lá. Fisicamente eles vão, sim, mas apenas tocam o feminino, nunca dançam com seu mistério.
Homens fazem guerra porque a guerra vem do Sol. Mas poucos, bem poucos, são homens o suficiente para fazer amor com a Lua.
E no entanto... a Lua sempre esteve dentro deles!, desde o momento em que os princípios masculino e feminino se uniram para gerá-los.
São homens simplesmente porque neles é a porção masculina a dominante, e é isso que os faz mais agressividade e razão e menos suavidade e sentimento - mas se não houvesse também em sua alma a porção feminina, não seriam pessoas mas uma inconcebível aberração psicológica.
Ao negar o feminino em si, esses pobres homens negam também, sem perceber, sua própria totalidade, e assim buscarão inutilmente mil coisas pela vida, sem que nada os possa completar, e morrerão frustrados, sem sequer entender o que lhes faltou. E o que lhes faltou foi sua própria alma inteira.
Homens agridem mulheres porque elas são o próprio princípio feminino encarnado diante de seus olhos fascinados e temerosos. Sua presença os faz lembrar, inconscientemente, do que eles mais temem admitir.
Sim, temer o feminino é normal, é humano. Mas negá-lo não. O homem que nega o feminino, meu amigo macho, declara guerra a si próprio. Bem melhor, mas muuuito melhor, é fazer amor com o feminino.
Excelente texto de:Ricardo Kelmer
Uma das coisas em que acredito é na igualdade e justiça.
Não por questões políticas. Por que me fique bem. Ou ainda porque educação religiosa, que sinceramente a mim não me diz nada.
Mas por respeito e por uma questão de valores e príncipios que acredito e tento seguir ao longo da minha vida. Respeito ao próximo porque somos todos iguais. A cor, raça, crença, orientação sexual. Não faz de ninguém melhor ou pior do que eu.
Os valores de igualdade, fraternidade e justiça aprendi-os de tenra idade, e, não importa a condição social em que estejamos inseridos, o respeito e a justiça são valores fundamentais que se aprendem no berço.
Eu sei que nem sempre é assim...Nem tudo é preto e branco e que existem outras nuances.
Sei que posso ser idealista, utópica e até ingénua. Mas acredito que um mundo mais justo não é feito por acaso. Depende de cada um de nós e do nosso modo de estar na vida.
Se pensarmos bem, sozinhos não vamos mudar o mundo, mas se pelo menos cada um fizer um bocadinho pode alterar e muito.
E ainda existem tantas pessoas que vão "bater com a mão no peito" e no dia-a-dia é só "venha a nós o vosso reino."
É estranho não é?
Eu fico literalmente F***
E ainda me revolto quando isso me acontece.
E também me espanta que os outros se espantem com as minhas convicções, e que me julguem uma ET quando o normal seria todos nós termos consciência disto.
Existem coisas tão óbvias que acho difícil que alguns não o consigam ver..
Para mim é obvio um filho chegar ao 12º ano e ter que ficar a repetir matemática, (ninguém a mandou ser calinas). E não pode ser diferente só porque a professora dele por acaso é minha prima.
Para mim é óbvio que o meu filho tenha ido a inspecção e ter pedido adiamento até concluir o curso como todos os outros. Não pode ser diferente de ninguém só porque o pai tinha a possibilidade de o livrar da tropa.
Para mim é óbvio chegar ao restaurante e esperar se as mesas tiverem todas reservadas. Não é diferente só porque o meu irmão é dono do restaurante.
Para mim é óbvio esperar pela minha vez (uma hora ou o que for no hospital). E poder ser diferente só porque o meu filho está de serviço nas urgências essa noite.
E parece que sou uma extra terrestre porque não utilizo favorzinho, cunhas, ou lá como lhe quiserem chamar..
E vem isto a propósito de que...
Ao ar pasmado de uma pessoa próxima que pensava que eu iria compactuar com uma "cunhazinha" só porque é da minha família. Ou seja é o mesmo que dizer que eu deveria dar uma "abebia"...
O que equivale a passar por cima dos outros.
Eu lamento muito mas nunca fui assim e não vou começar agora.
E quase que me apetece pedir desculpa. Mas não compreendo quando assim não é.
Pensei que era óbvio que se não o faço na minha própria casa não o faria a ninguém.
Fiquei surpreendida quando me apercebi que afinal para os outros não era assim tão óbvio ...
(encontramo-nos nestas férias e nem me falou...)
O que dá a esta gente direito de não respeitar o próximo? Porque é isso mesmo que nos torna diferentes, é o nosso respeito pelos outros.
A minha avó, uma velhota do mais castiço que havia, tinha uma frase fantástica que sempre me fazia rir.
"Favorzinho minha filha, fazia eu ao teu avô, e não era sempre, era só quando me apetecia"
Cada vez mais o belo está a deixa de ser visto como algo em si, para ser encarado como algo fabricado.
Eu por mim desisto. Vou envelhecer como deus quer e agradecer a possibilidade de poder envelhecer.
Eu já tenho rugas. Claro que as tenho. Pois se já passei dos quarenta, dos quarentinha e já vou a caminho dos outros “entas” vou dizer que não tenho?
Bom.. outro dia , resolvi declarar guerra aos sinais do tempo. Nada melhor para isso, e para quem não pretende sujeitar-se há “faca” é apelar para a cosmética.
Todos os dias somos bombardeadas com publicidade sugestiva de cremes que fazem verdadeiros milagres.
Num deles até podemos ver a "Jane Fonda "que tem perto de oitenta anos com umas cútis de verdadeira moçoila de 30.
Eu sei que a minha pele só me permite cremes receitados pelo dermatologista . Sou assim tipo uma "ave rara" de pela branca. Mas também sou altamente influenciável, confesso.
E pronto entrei numa perfumaria e resolvo investir no último “grito” da cosmética e dermatologicamente testada. Isto garantido pela vendedora que era uma entendida. E até me disse mais. Que eu iria ficar impressionada com os resultados.
Depois de muita conversa e de ter visto e revisto uns vinte cremes e ouvir a explicação de cada um deles , lá saia da perfumaria completamente baralhada e atrofiada com tanto cheiro. Mas com dois fraquinhos lindos de creme e mais uns não sei quantos produtos cada um para sua função. Limpar, hidratar , tonificar, etc, etc, e os dois cremes. Um para de dia outro para de noite.
Sinceramente acho que dificilmente me vou “impressionar” com isto mas lá fui para casa com a poção mágica e propunha-me a seguir religiosamente as instruções da vendedora.
Ao envelhecer, devia-mos ganhar apenas experiência, mas, infelizmente, cabelos brancos, ruguinhas e marcas de expressão estão incluídas no pacote.
Existem as tais injeções de toxina botulínica e ácido hilaurônico que atenuam o envelhecimento do rosto , simples, não? Mas não é. Parece inócuo? Mas nem sempre é. Eu por mim deixo isso para as corajosas.
E, pensando bem ,eu até estou "fantástica". Tirando uma ruguita aqui outra ali. Dizem até que me dão uma certa graça. (gaba-te cesto)
Os "meus" cremes tem uma cor esverdeada fantástica e um cheiro que mais apetece comer do que por na cara.
Esqueci-me de dizer que são feitos à base de abacate pepino e aloé vera, tudo muito natural portanto.
Cheguei a casa e deixei completamente os cremes de parte mas com a ideia de os utilizar na primeira oportunidade.
Esqueci-me completamente dos cremes por uns dias . Mas no inicio das férias lá me propus a experimenta-los .Quem sabe até faz mesmo milagres.. Vá se lá saber...
Ser bela dá uma trabalheira... Ou julgam o que? Tem todo um ritual que mais parece uma sessão de magia:)
Primeiro, lavei o rosto com um sabonete especial, pois é… Estava incluído no pacote ... Já disse que a vendedora é uma especialista, não disse? Só não me vendeu a loja porque eu não tinha dinheiro trocado..Ela lá me explicou-me que é assim que devo fazer.
Primeiro lavar o rosto com esse sabonete. Depois enxugá-lo muito bem sem esfregar, com uma toalha branca e bem macia. Só depois é que começava por utilizar o leite de limpeza depois o tónico e só no fim deste ritual todo é que passava o creme. Em movimentos circulares de baixo para cima.
Parece-me até alguma pratica de qualquer seita religiosa, mas lá segui todas as recomendações .
Agora é só dormir dormir o soninho da beleza e amanhã... vualá...
Ora, férias são férias, não é? E no primeiro dia acordei mais tarde do que o habitual. Sabem aquela sensação boa de saber que não vamos trabalhar, que vamos por uns dias fugir à rotina do dia-a-dia longe de casa?
Pois eu estava assim e espreguicei-me com um sonoro boooom diaaa, mas dito com gosto.
- Bom dia. Comeste alguma coisa que te fez alergia...?
- Eu não, porque?
- Tens a cara toda salpicada de vermelho, a menos que tenha sido melga...
- Ó merda! Foi o último "grito" da cosmética!
Desisto e vou continuar com os meus cremes receitados pelo dermatologista.
... Os passar dos anos e as marcas do tempo, numa perspectiva histórica da humanidade, de certa forma são inegáveis privilégios.
Gosto deste ponto de vista:)
Se não foste feliz quando jovem, certamente que tens agora tempo para o ser, pois chegou numa fase da vida que entenderás, que :
'Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons'".
Estou tramada! Lamentavelmente detesto chocolate.
Ainda não existe melhor remédio para a beleza que uma boa gargalhada e vontade de viver!
Rir faz rugas de expressão..? Pois que se lixe! Sorrir é o melhor remédio.
Dou comigo uma vez mais a fumar e a a pensar: afinal para que é que eu fumo?
Nem me lembro bem, mas comecei a fumar muito cedo. Tinha por volta dos treze ou catorze anos. Comecei a fumar na escola. Escondida atrás do pavilhão de educação física.
Não me recordo de todos os meus companheiros de “fumo” mas de outros sim, e ainda hoje mantemos contacto. Uns de certeza largaram o vício,mas outros, tal como eu, tem um caso de amor e cumplicidade com este vício sacana.
Agora pergunto-me frequentemente porque fumo...?
Era a idade da descoberta... E não sei bem porque, mas nessas idades tudo o que é proibido é o que nos seduz (ainda hoje).
Eu era uma rebelde sem causa uma “sabe” tudo estupidamente arrogante.
Na piscina municipal onde naquele tempo nos juntava-mos existiam placares de publicidade apetecível...
"SG Gigante km de prazer" E sempre mulheres bonitas acompanhadas de belos homens.
O tão famoso cartaz da "Marlboro" onde o protagonista ao mesmo tempo que deitava o fumo fora nos olhava nos olhos.. Lindo de morrer...:)
No cinema.Antes de cada secção lá estava a publicidade ao tabaco e nos intervalos.
Durante muitos anos fumei "SG Filtro"
Hoje olhando para trás consigo perceber o quanto somos vulneráveis, influenciáveis e tremendamente arrogantes na adolescência.
Recordo-me da técnica da pastilha elástica e da pasta de dentes. Cada um de nos tinha uma caixinha com pasta de dentes, que dava jeito para disfarçar o hálito do tabaco quando chegássemos a casa e evitar ser descobertos pelos nossos pais.
Esperava que todos fossem dormir e abria a janela do meu quarto para poder dar umas passas no cigarro.
Hoje penso em como arriscava a levar uns tabefes do meu pai.Nunca fui apanhada e ainda hoje me pergunto como!
O meu pai só descobriu que eu fumava no dia que me casei. Porque a minha mãe já sabia há muito tempo..
A verdade é que nunca mais me livrei deste vício. Em casa, no trabalho, e casei com um fumador.
O que é certo é que a nicotina tem-me acompanhado como uma sombra ao longo da minha vida.
Fiz um intervalo de 9 meses que foi o tempo da gravidez. E pouco tempo depois voltei aos braços (do meu amante) o cigarro.
Não consigo dispensar um cigarro! Principalmente depois de um café, se estou a trabalhar até mais tarde, quando me sinto nervosa, mas também nos os evito nos momentos calmos...
E agora porque é que fumo..?
Faz-me gastar dinheiro, provoca mau cheiro, não me acalma, isso é ilusório, fumar, está completamente fora de moda.
Debilita a saúde com largos passos para a morte. Ou seja, é comprar a morte em "suaves prestações". Agora já não tão suaves, que o tabaco está pela hora da “morte”...
Maldita hora em que tive a infeliz ideia de fumar o primeiro cigarro. Então não merecia um par de estalos bem dados...?
Hoje sou uma viciada assumida! Continuo a perguntar-me porque é que fumo..?
Mas o facto é que já fiz varias tentativas e volto sempre.
Continuo a fumar, e o mais grave é que tenho pouca vontade de com convicção deixar de fumar.
Estou consciente de todos os malefícios do tabaco.
Inclusive concordo com todas a medidas adoptadas recentemente. Mas continuo a fumar no meu gabinete e a matar-me diariamente....
A burrice é crónica?
Afinal porque é que eu fumo??